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ATUALIZADA - Torquato já criticou prisões preventivas muito longas

GUSTAVO URIBE, BELA MEGALE E LETÍCIA CASADO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, já reagiu com ceticismo à possibilidade da Operação Lava Jato mudar a cultura da corrupção no país e discordou do argumento central da def

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.05.2017, 21:30:07 Editado em 28.05.2017, 22:15:21
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GUSTAVO URIBE, BELA MEGALE E LETÍCIA CASADO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, já reagiu com ceticismo à possibilidade da Operação Lava Jato mudar a cultura da corrupção no país e discordou do argumento central da defesa do presidente Michel Temer de separação da chapa presidencial na Justiça Eleitoral.

Em entrevista ao jornal "Diário do Povo do Piauí", concedida em maio de 2016 -um mês antes de ser indicado para o Ministério da Transparência-, ele lembrou que, mesmo após o impeachment de Fernando Collor e após as condenações do mensalão, continuaram a acontecer escândalos de corrupção.

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A declaração do ministro foi confirmada em junho por sua assessoria de imprensa.

"O que mudou com o impeachment de Fernando Collor? O que mudou no Brasil depois da CPI do Orçamento, quando os sete anões foram cassados? O que mudou com o mensalão? O que vai mudar com a Operação Lava Jato?", questionou.

Em evento em fevereiro deste ano em São Paulo, já no cargo de ministro, Torquato criticou, no rastro da Lava Jato, longas prisões provisórias, condenações sem provas e vazamentos seletivos.

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Em artigo publicado em julho de 2015 no site de seu escritório de advocacia, Torquato discordou de um dos argumentos centrais da defesa do presidente no processo de cassação da chapa presidencial que tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), corte da qual ele já foi ministro.

No texto, ele defendeu que caso a ex-presidente Dilma Rousseff tenha seu diploma cassado, o de Michel Temer também deverá ser desconstituído, uma vez que, segundo ele, "a eleição do vice-presidente é mera decorrência da eleição do titular".

"Se e quando julgada procedente a ação, e, assim, desconstituído o diploma da presidente Dilma, cassado estará o do vice Michel, visto que a eleição do vice é mera decorrência da eleição do titular. No que não seja réu na ação, embora perca o diploma, o vice, contudo, não fica inelegível", escreveu.

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Em linha oposta a de Torquato, a defesa do peemedebista tenta separar na Justiça Eleitoral sua conduta da de Dilma para evitar que uma condenação leve à cassação do mandato de ambos.

Para membros da Polícia Federal com atuação na Lava Jato, a nomeação de Torquato para o Ministério da Justiça atende a anseio de políticos que pressionavam o Palácio do Planalto por um nome "forte" à frente da pasta.

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