THAÍSA OLIVEIRA E DIANA LOTT
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com protesto esvaziado na Av. Paulista, a Força Sindical disse que o ato deste domingo (21) é apenas o "esquenta" da manifestação prevista para quarta-feira (24) em Brasília contra as reformas trabalhista e da Previdência.
"Vão ser 100 mil pessoas de diferentes centrais sindicais, só a Força vai levar 20 mil pessoas de diversos locais do país. A chuva atrapalhou um pouco o protesto, mas os trabalhadores estão se preparando para ir a Brasília", diz o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves.
Segundo Gonçalves, os áudios que envolvem o presidente Michel Temer mostraram que é necessário ampliar a pauta dos protestos.
"Nós decidimos vir para a Paulista na sexta-feira porque agora é preciso pensar numa solução democrática para unir o país. Os trabalhadores querem saber o que está acontecendo no 'andar de cima'. Por que essa gente que apoiava o governo e o [senador] Aécio Neves soltou esses áudios?" ()
BOULOS
Guilherme Boulos, líder do movimento MTST, também participou de ato na avenida Paulista.
Para ele, as pautas da mobilização deste domingo (21) são a saída do presidente Michel Temer e a convocação de eleições diretas gerais.
"O governo Temer perdeu qualquer condição política de se manter no poder", disse.
Sobre a saída para a atual crise polícia, Boulos afirmou que será necessária uma transformação radical do sistema político atual. Ele também rechaçou a possibilidade de eleições indiretas, afirmando que o congresso atual não tem legitimidade para escolher um próximo presidente.
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