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PSDB condiciona apoio a Temer ao avanço de reformas no Congresso

IGOR GIELOW SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O PSDB, maior aliado do governo Michel Temer, decidiu condicionar o apoio ao peemedebista ao avanço da agenda de reformas no Congresso. Até porque perdeu seu presidente, senador Aécio Neves (MG), na esteira da del

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.05.2017, 17:50:09 Editado em 19.05.2017, 17:50:13
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IGOR GIELOW

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O PSDB, maior aliado do governo Michel Temer, decidiu condicionar o apoio ao peemedebista ao avanço da agenda de reformas no Congresso.

Até porque perdeu seu presidente, senador Aécio Neves (MG), na esteira da delação da JBS, o partido preferiu embicar o discurso extraoficial para a economia, pedra de toque de seu apoio desde o começo do governo Temer.

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O primeiro teste será a discussão da reforma trabalhista no Senado. Inicialmente marcada para terça-feira (23), a sessão na Comissão de Assuntos Econômicos havia sido adiada pelo relator da reforma, Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Líderes tucanos, reunidos nesta sexta (19) no apartamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em São Paulo, decidiram que o assunto tem de voltar à pauta.

A comissão é liderada pelo novo presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), que aqui e ali é ventilado como um presidenciável no caso de Temer cair e ser realizada a constitucionalmente prevista eleição indireta para o Planalto. A ideia é dar ao trâmite uma resposta institucional de apoio à agenda reformista de Temer, evitando personalizar isso num apoio ao presidente.

A cúpula tucana, devidamente abalada pela delação da JBS não só contra Aécio, mas pelo já abatido senador José Serra (SP), busca assim firmar uma imagem de responsabilidade econômica em meio à turbulência. Mas, como relata um de seus membros, o partido está atento a novidades jurídicas envolvendo Temer para reavaliar sua posição.

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O PSDB está rachado sobre o tema. Sua bancada na Câmara quer o desembarque imediato do governo, mas foi vencida por ora pelos senadores e caciques extra-Congresso da sigla. Como afirmou um membro do primeiro grupo, "qualquer coisa a mais" contra o Planalto poderá mudar a situação.

O partido tem quatro ministros no governo, que em princípio ficarão no cargo -há o relato de que Luislinda Valois (Direitos Humanos) insiste em sair, mas a cúpula diz que ela vai ficar.

Do lado por ora dominante, um tucano disse que "se der para votar as reformas, vamos ficar", considerando que o desgaste ético da sigla já estaria precificado na derrocada de Aécio, afastado do mandato pelo Supremo Tribunal Federal e licenciado da chefia da agremiação.

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A reforma trabalhista é vista como uma batalha mais simples para colher uma vitória simbólica. O problema mesmo está na discussão da mudança na Previdência, que foi aprovada em comissão especial na Câmara. Altamente impopular (71% dos brasileiros contra, diz o Datafolha), a reforma precisa ir a plenário na Câmara em dois turnos para aí migrar ao Senado.

Com o maremoto político em curso, poucos observadores acreditam que o Planalto terá musculatura para manter o leme deste barco específico no lugar e seguir com sua agenda.

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