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Delatora diz ter pagou fornecedores "por fora" em todas as eleições

LETÍCIA CASADO, RUBENS VALENTE, CAMILA MATTOSO E TALITA FERNANDES BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A empresária Mônica Moura disse, em delação premiada com a Lava Jato, que pagou "por fora" fornecedores de material de campanha em todas as eleições que trabalho

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.05.2017, 21:40:03 Editado em 12.05.2017, 21:40:05
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LETÍCIA CASADO, RUBENS VALENTE, CAMILA MATTOSO E TALITA FERNANDES

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A empresária Mônica Moura disse, em delação premiada com a Lava Jato, que pagou "por fora" fornecedores de material de campanha em todas as eleições que trabalhou.

Ela entregou aos procuradores os nomes de oito empresas -de aluguel de helicóptero a estúdio de gravação- além de contratos e outros materiais para corroborar suas afirmações.

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"Também era bom para eles, não pagavam imposto", disse.

A colaboradora citou, por exemplo, uma produtora de Belo Horizonte usada em campanha em 2012: as despesas totais somaram R$ 1,6 milhão, sendo R$ 800 mil, segundo ela, pagos em espécie. O esquema também foi feito, de acordo com a delação, com uma de São Paulo: de R$ 1,5 milhão, R$ 700 mil pagos em espécie aos donos.

Mônica contou que as campanhas coordenadas por ela e seu marido, o marqueteiro João Santana, recorriam às mesmas prestadoras de serviço a cada campanha para alugar helicóptero para filmar obras e e cidades, equipamento de luz de cinema e de filmagem, como câmera, tripé e lente.

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"Para você ter ideia, custa R$ 200 mil uma tarde de helicóptero para sobrevoar e filmar São Paulo. E em todas as campanhas tem [imagem] aérea", destacou.

Em uma ocasião, o casal alugou uma mansão no Lago Sul, área nobre em Brasília, e pagou além do que está registrado no contrato, disse.

"Em todas as campanhas que fizemos que recebemos caixa dois, eu também pagava fornecedores através de caixa dois. Quase todas as campanhas que eu fiz, senão todas, vários fornecedores que eu paguei uma parte em nota fiscal, uma parte sem nota", relatou.

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Mônica Moura relatou ainda que decidiu fazer delação premiada logo depois de ser presa.

"A ideia surgiu pouco depois de ser presa pela Operação Lava Jato, na 23ª fase, em fevereiro do ano passado", contou.

"Mais ou menos um mês depois, ou menos até que isso, diante dos fatos que estavam acontecendo -várias coisas aconteceram ao mesmo tempo dessa nossa prisão-, eu decidi fazer, tentar propor um acordo através dos meus advogados com o Ministério Público, tentei fazer esse acordo de delação premiada", disse.

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