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'Só coliga se pagar', diz João Santana sobre campanha eleitoral

WÁLTER NUNES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - João Santana, em depoimento que integra a delação premiada, afirmou que a prática de comprar apoio político para obter mais tempo de televisão em campanhas é algo comum. "Só coliga se pagar". O marqueteiro disse

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.05.2017, 21:00:11 Editado em 12.05.2017, 21:00:13
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WÁLTER NUNES

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - João Santana, em depoimento que integra a delação premiada, afirmou que a prática de comprar apoio político para obter mais tempo de televisão em campanhas é algo comum. "Só coliga se pagar".

O marqueteiro disse que partidos com maior bancada e, consequentemente, maior tempo de televisão, negociam com quem vão se coligar, estipulando valores que serviriam para irrigar as campanhas de seus candidatos.

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"No momento que um partido senta com um candidato e sabe que está dando seu tempo invariavelmente se pede ajuda financeira para as campanhas (...) Eu pessoalmente nunca presenciei uma negociação desse tipo: o senhor me dá tanto. Não. Porque isso é feito pelos políticos. Pelos líderes políticos" disse.

Santana ainda afirma que muitas vezes teve seu pagamento adiado por conta de outros compromissos a serem quitados pelos partidos, " Palocci e Vaccari justificaram atrasos no pagamento para a nossa empresa para a Mônica e até mesmo para mim, falando: olha vocês tenham paciência, vocês são de casa, e eu estou sofrendo uma pressão muito forte para recursos para as campanhas dos partidos que apoiam, que fazem parte da nossa coligação".

O delator ainda ressaltou o papel que o sistema de coligação teve na manutenção da união com o PMDB nas eleições de 2014 e, como resultado, na indicação de Michel Temer como vice de Dima Roussef (PT). "Lula, desde o início já tinha decidido que tinha que ser alguém do PMDB para conseguir o tempo".

De acordo com João Santana, o desejo de Lula era que Nelson Jobim fosse o vice. Mas Michel Temer foi "quase uma imposição do PMDB".

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