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Palocci e Odebrecht assumiram dívidas de Marta e Gleisi, diz Mônica

CAROLINA LINHARES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A delatora Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, afirmou que cerca de R$ 5 milhões em dívidas das campanhas municipais de 2008 de Gleisi Hoffmann (PT), em Curitiba, e de Marta Suplicy (ex-PT, hoje

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.05.2017, 19:25:09 Editado em 12.05.2017, 19:25:12
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CAROLINA LINHARES

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A delatora Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, afirmou que cerca de R$ 5 milhões em dívidas das campanhas municipais de 2008 de Gleisi Hoffmann (PT), em Curitiba, e de Marta Suplicy (ex-PT, hoje PMDB), em São Paulo, foi pago pelo ex-ministro Antonio Palocci e pela Odebrecht.

"Acho que a Odebrecht pagou uma partezinha da dívida geral. Uma parte da dívida que ficou de Marta e Gleisi, juntou numa cesta e a Odebrecht pagou uma parte, e Palocci e Juscelino [Dourado, assessor de Palocci] resolveram uma parte também, isso no período pós campanha", disse.

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Segundo Mônica, Palocci procurou o casal pedindo que fizessem a campanha de Gleisi em Curitiba. Santana, a princípio, não topou, mas o então ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, marido da atual senadora, insistiu.

"Teve uma insistência muito grande do Paulo Bernardo, que chegou a ir na nossa casa em Salvador, ele e a Gleisi, pra nos convencer a fazer a campanha", afirma a delatora. Mônica, então, acertou com o ex-ministro o valor de R$ 6 milhões como custo da campanha, segundo ela.

Mônica diz ainda que ficou acertado que o método de pagamento seria também caixa dois.

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"Aí ele disse a mesma coisa, que eu já devia saber que ele não poderia pagar tudo por dentro. A mesma lenga lenga de sempre. Depois de muito discutir, conseguiu que 1,375 fosse por dentro. O restante foi pago em dinheiro."

Mônica afirmou que recebia o pagamento geralmente por meio de uma secretária de Gleisi que trabalhava no diretório do PT, em Curitiba, ou com Guilherme Gonçalves, advogado e coordenador jurídico da campanha. A então candidata era quem indicava quem lhe entregaria o dinheiro e até o próprio Paulo Bernardo chegou a levar o pagamento a ela, segundo relatou.

COBRANÇA

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Mônica diz que embora não acertasse valores com Gleisi, fazia cobrança pela falta de pagamentos.

"Tá muito complicado, a gente não consegue receber, fazer campanha assim não dá, não tem dinheiro. E ela dizia que ia falar com o Paulo. Eu sei que Gleisi sabia, não é que eu não conversei com ela nunca sobre dinheiro. Eu falava com ela. Não acerto financeiro, mas cobrança."

Ao final da campanha permaneceu ainda uma dívida de R$ 1,5 milhão que Paulo Bernardo disse que seria resolvida por Palocci.

Palocci gerenciava, na mesma época, os pagamentos pela campanha de Marta, em São Paulo. Por isso, segundo Mônica, as dívidas foram unificadas e quitadas até 2009.

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