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Lula pediu para tratar eleição de El Salvador com Odebrecht, diz Santana

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O marqueteiro João Santana afirmou em sua delação premiada que tratou diretamente com Emílio Odebrecht, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre pagamento pela campanha presidencial de El Salvador. Segu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.05.2017, 15:00:10 Editado em 12.05.2017, 15:00:12
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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O marqueteiro João Santana afirmou em sua delação premiada que tratou diretamente com Emílio Odebrecht, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre pagamento pela campanha presidencial de El Salvador.

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Segundo diz em vídeo da sua delação, Santana foi procurado pelo então pré-candidato à Presidência de Salvador Mauricio Funes, em 2008, para que trabalhasse em sua campanha. Como Santana não demonstrou interesse, Funes recorreu a Lula.

"E o presidente Lula me pediu fortemente, que era um interesse estratégico. E que não me preocupasse com pagamento, que ele daria uma forma de nos ajudar. Ajudar a ele, o Mauricio", diz Santana.

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O marqueteiro afirma que o candidato, durante a campanha, não tinha como pagar e pediu que Santana conversasse com Lula.

"O presidente Lula mandou que eu procurasse, até me surpreendeu, porque foi a primeira vez e única que eu tive um tipo de missão como essa, para falar diretamente com Emílio Odebrecht", disse.

O contato entre os dois foi intermediado pelo ex-ministro Gilberto Carvalho, segundo o delator.

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Emílio, de acordo com o relato de Santana, afirmou que preferia tratar do assunto diretamente com Italiano, codinome que o marqueteiro disse ter deduzido que se tratava do ex-ministro Antônio Palocci.

"A Odebrecht fez um aporte via sua subsidiária no Panamá, e tinha verba para comprar programação [propaganda eleitoral paga]. Foi comprado e a campanha foi vitoriosa", disse.

Na planilha "Italiano", que segundo delatores da Odebrecht era usada para controlar os gastos ilícitos da empresa com o PT, consta o pagamento de R$ 5,3 milhões referentes a campanha em El Salvador.

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O marqueteiro afirmou ainda que cobrou um preço abaixo do usual pela campanha em El Salvador. E que a ajuda de Lula a Funes foi movida por ideologia. "Era uma ajuda de partido de esquerda a partido de esquerda", disse.

A mulher de Funes, Vanda Pignato, é brasileira e foi uma das fundadoras do PT, mantendo relação de amizade com militantes do partido.

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