BELA MEGALE E JOSÉ MARQUES
BRASÍLIA, DF, E CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou na nesta quinta (4) a 40ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Asfixia, e prendeu ex-gerentes da Petrobras.
Segundo o Ministério Público Federal, eles faziam parte da área de Gás e Energia da estatal e receberam mais de R$ 100 milhões em propinas de empreiteiras e de operadores financeiros.
Em troca desses pagamentos, os ex-gerentes beneficiavam as empreiteiras em contratos com a Petrobras por meio de direcionamento de licitação. O grupo fraudou, de acordo com a Procuradoria, mais de uma dezena de concorrências de grande porte da estatal.
O nome dos presos desta quinta são os ex-gerentes Márcio de Almeida Ferreira e Maurício Guedes de Oliveira. Um terceiro fechou acordo de colaboração com a Lava Jato.
Também há os representantes das empresas Marivaldo do Rozario Escalfoni e Paulo Roberto Gomes Fernandes.
As apurações usaram depoimentos de delatores e quebrou o sigilo bancário, fiscal e telemático dos investigados. Eles teriam recebido propina até 2016, mesmo após a deflagração da Lava Jato. Um dos delatores é o ex-gerente de empreendimentos da área de Gás e Energia Edison Krummenauer, que reconheceu ter recebido aproximadamente R$ 15 milhões no esquema.
Segundo os investigadores, o esquema prosseguiu até junho de 2016, mesmo após a deflagração da Lava Jato e a saída dos suspeitos de seus cargos na empresa.
As apurações usaram depoimentos de delatores e a quebra do sigilo bancário, fiscal e telemático dos investigados.
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