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Planalto avalia que situação de Renan chegou a 'nível insustentável'

MARINA DIAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Após acordo que resultou no atraso da votação da reforma trabalhista no Senado, o Palácio do Planalto avalia que a situação de Renan Calheiros (PMDB-AL) como líder do PMDB na Casa chegou a um "nível insustentável".

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.05.2017, 21:40:09 Editado em 06.05.2017, 13:23:26
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MARINA DIAS

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Após acordo que resultou no atraso da votação da reforma trabalhista no Senado, o Palácio do Planalto avalia que a situação de Renan Calheiros (PMDB-AL) como líder do PMDB na Casa chegou a um "nível insustentável".

Nas palavras de auxiliares do presidente Michel Temer, o quadro alcançou seu "limite" com o discurso de Renan contra a reforma trabalhista, na semana passada, e à articulação do peemedebista nesta quarta-feira (4) que levou o texto a tramitar em mais uma comissão no Senado, atrasando, assim, sua aprovação em pelo menos um mês.

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A ordem inicial de Temer era apenas "monitorar" Renan até a votação da reforma trabalhista e não estimular qualquer movimento para tirá-lo do posto, o que era considerado "traumático" pelo presidente.

A avaliação, agora, é de que o peemedebista tem "constrangido" senadores da bancada ao se posicionar publicamente contra as principais bandeiras do governo e que, portanto, pode ser o caso de substituí-lo.

Com a mudança de ares no Planalto, a tensão no Senado aumentou e nove senadores peemedebistas, inclusive o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), fizeram uma reunião reservada no fim da tarde desta quarta para discutir a situação da liderança do partido.

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Segundo a reportagem apurou, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) chegou a passar uma lista de apoio a Renan e conseguiu a assinatura de oito dos 22 senadores da bancada da sigla, inclusive a de Jucá.

A bancada cobrou o líder do governo e chegou a pedir uma reunião com Renan ainda para a noite desta quarta (4). Ele, por sua vez, disse que o encontro deveria ocorrer somente na próxima terça.

Senadores que participaram da primeira reunião disseram, em caráter reservado, que a bancada quer "encostar Renan na parede" e cobrar uma mudança de postura em troca de apoiarem sua permanência no cargo.

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OPOSIÇÃO

Em constante colisão com o governo, Renan tem se manifestado publicamente contra as duas principais bandeiras de Temer, as reformas trabalhista e previdenciária.

A maior parte da bancada do PMDB diz que não tem sido ouvida pelo atual líder e que ele precisa representar a opinião majoritária ao se colocar sobre temas importantes.

Nesta quarta (4), Renan se reuniu com dirigentes de centrais sindicais e fez novo discurso contra a reforma trabalhista e o governo Temer.

Questionado por jornalistas sobre a bancada do PMDB corroborar sua opinião contra a reforma, Renan fez uma ameaça. "Você só é líder de bancada quando verbaliza o pensamento majoritário. Agora, se for incompatível defender os trabalhadores no exercício da liderança do PMDB, vocês não duvidem do que é que vai acontecer."

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