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Odebrecht diz que bancou eventos de 1º de Maio da Força Sindical

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A empreiteira Odebrecht bancou eventos do Dia do Trabalho organizados pela Força Sindical, central controlada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força. O deputado e sindicalista também teria ajudado a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.04.2017, 21:05:07 Editado em 14.04.2017, 21:05:10
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A empreiteira Odebrecht bancou eventos do Dia do Trabalho organizados pela Força Sindical, central controlada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força.

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O deputado e sindicalista também teria ajudado a Odebrecht a desmobilizar greves de trabalhadores nas regiões Norte e Nordeste em troca de pagamentos.

As informações constam do depoimento de Alexandrino Alencar, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, que firmou acordo de colaboração com a Lava Jato.

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"Uma das atribuições que eu tinha desde o início da minha carreira profissional era ter ligações com o pessoal dos sindicatos. E, com isso, eu desenvolvi com o próprio Paulinho umas ligações que tinham no início, relações até procurado por ele, de financiar os eventos de 1º de Maio, no Dia do Trabalhador, que ele leiloa automóveis, apartamentos", afirmou o delator.

"É verdade que nós fazemos também isso para a CUT, mas com ele [Paulinho] era mais específico", disse.

Paulinho é investigado em dois inquéritos abertos na semana passada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin.

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A Procuradoria Geral da República apontou indícios de que valores não contabilizados recebidos por ele foram em troca de algum favor prestado à Odebrecht.

Os inquéritos apuram supostos repasses não declarados de R$ 1 milhão para a campanha de Paulinho em 2014 e de R$ 400 mil em 2010, além de R$ 500 mil doados oficialmente em 2012, quando ele disputou a prefeitura.

"Aí nós tínhamos um interesse específico, porque estávamos com greves na refinaria Rnet [Abreu e Lima] e estávamos tendo dificuldades expressivas com os trabalhadores das usinas do rio Madeira [...], e a Força Sindical era a central que comandava aquela região", disse o delator.

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Segundo Alencar, a atuação de Paulinho "atenuou" as greves e o "quebra-quebra".

Paulinho nega as acusações. "Se teve dinheiro, foi dentro da lei. Nosso partido nem multa tem", afirmou.

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