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Menção a cunhado por delator preocupa aliados de Alckmin

THAIS BILENKY SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Aliados do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avaliam que sua situação se fragilizou após virem a público depoimentos de delatores da Odebrecht relatando caixa dois em suas campanhas de 2010 e 2014.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.04.2017, 07:15:08 Editado em 14.04.2017, 07:15:10
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THAIS BILENKY

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Aliados do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avaliam que sua situação se fragilizou após virem a público depoimentos de delatores da Odebrecht relatando caixa dois em suas campanhas de 2010 e 2014.

Na opinião de três interlocutores do governador, alguns fatores pioraram as expectativas do tucano, um dos nomes mais fortes para disputar a Presidência em 2018.

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O primeiro deles é o fato de envolver um parente, o irmão da mulher de Alckmin, Lu. "Ter familiar no meio é chato", disse um alckmista.

O cunhado Adhemar Ribeiro foi apontado por Carlos Armando Paschoal, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo, como o responsável na campanha de 2010 por receber o dinheiro não declarado.

O segundo fator desestabilizador é o grau de detalhamento do relato de Paschoal, que criou um "ambiente de caixa dois" muito próximo a Alckmin, nas palavras deles.

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Por fim, a imagem imaculada do governador faz com que as acusações tenham mais contraste. "Por ele ser certinho, repercute mais", afirmou um aliado.

"A Lava Jato vai atingir todo mundo, mas precisa diferenciar caixa dois para eleição de caixa dois para enriquecimento, roubo", disse Pedro Tobias, presidente do PSDB em São Paulo. "Caixa dois é crime eleitoral, não é crime com bandido."

Para o grupo do governador, o seu envolvimento na Operação Lava Jato é menos grave que o de outros tucanos como os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP).

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Mas eles reconhecem que isso pode acabar não sendo um alívio do ponto de vista eleitoral. Para um conselheiro do tucano, "é muito tarde, ele terá pouco tempo para esclarecer as acusações".

Alckmin é acusado de ter recebido cerca de R$ 10 milhões via caixa dois nas duas campanhas ao governo. Ele nega. Diz que jamais pediu recursos irregulares nem autorizou que o fizessem em seu nome. "Sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei", afirmou.

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Um quarto aliado do governador viu inconsistências nas delações e se disse confiante que elas serão insuficientes para prejudicar Alckmin.

Na condição de governador, ele tem foro privilegiado no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas o caso ainda não chegou ao tribunal, que tampouco se manifestou sobre se autorizará a abertura de inquérito ou não.

Aécio, por sua vez, tem cinco inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal, por acusações de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. Ele nega. São as mesmas acusações que pesam contra Serra, que, de sua parte, tem um inquérito aberto no STF. Ele nega irregularidades.

OBSERVATÓRIO

Há expectativa no entorno de Alckmin com a ação no Supremo que definirá se a Assembleia de Minas deve ou não autorizar a abertura de processo contra o governador Fernando Pimentel (PT), como adiantou a Folha de S.Paulo.

Aliados de Alckmin apostam que a decisão será no sentido de passar pelo crivo dos deputados estaduais, o que poderia servir de jurisprudência para o tucano.

Agora Alckmin deve esperar e observar, dizem seus interlocutores. Nenhuma decisão será tomada nem mesmo em relação a Marcos Monteiro, o secretário que foi acusado de ter operado o caixa dois em uma de suas campanhas.

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