MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - A ex-presidente Dilma Rousseff fez uma conferência nesta terça (11) na Universidade de Columbia, em Nova York. Depois de ter participado do evento Brazil Conference, em Boston, organizado por alunos brasileiros de Harvard e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusets), a petista repetiu argumentos sobre sua destituição do poder e a situação do Brasil.
Dilma afirmou que não será candidata a presidente em 2018, mas declarou estar aberta à possibilidade de concorrer a outro cargo.
Ela insistiu no argumento de que o processo de impeachment, embora tenha respeitado protocolos constitucionais, foi um "golpe parlamentar planejado com antecedência".
Atribuiu o movimento a uma tentativa de parlamentares de escapar das investigações da Lava Jato e à frustração de setores ligados ao "neoliberalismo" com a quarta derrota consecutiva em eleições presidenciais.
A ex-presidente criticou a emenda constitucional que impôs congelamento de gastos por 20 anos e disse que a atual proposta de reforma da Previdência, embora necessária em alguns aspectos, é uma violação de direitos que pretende empurrar os trabalhadores para a previdência privada.
Ela afirmou que só uma eleição poderá superar o atual quadro de crise do país e considerou que os articuladores do impeachment se enganaram com a ideia de que o cenário melhoraria com seu afastamento.
A petista respondeu perguntas de estudantes brasileiros e estrangeiros. Vários deles manifestaram solidariedade e demonstraram simpatia pela linha política defendida pelo PT.
Deixe seu comentário sobre: "Em NY, Dilma se diz aberta a concorrer a outros cargos"