SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Acusada de receber R$ 1,75 milhão entre doações oficiais e repasse para caixa dois em duas campanhas para governador do Rio Grande do Sul, a deputada federal Yeda Crusius (PSDB-RS) divulgou nota em que a liderança do PSDB se limita a dizer que confia na Justiça. Ela está na lista elaborada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Antes disso, sua assessoria havia informado que ela se manifestaria sobre o assunto em suas contas nas redes sociais.
Segundo três delações premiadas de executivos da Odebrecht, Yeda Crusius teria recebido as doações em 2006, quando se elegeu governadora, e em 2010, quando terminou o pleito no terceiro lugar.
O objetivo de todas as doações, segundo os delatores, era permitir que a Braskem, petroquímica controlada pela Odebrecht, continuasse a recuperar créditos de ICMS. Uma das unidades da empresa fica no pólo de Triunfo, no Rio Grande do Sul.
Em 2006, foram doados R$ 200 mil como contribuição oficial e R$ 400 mil no caixa dois, de acordo com os delatores. Já em 2010 foram entregues R$ 600 mil como doação oficial e R$ 550 mil não registrados.
O Supremo decidiu em março deste ano que doações oficiais que foram feitas em troca de algum benefício para um grupo econômico equivalem a propina.
Deixe seu comentário sobre: " Ex-governadora do RS incluída na lista de Janot diz confiar na Justiça"