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Lindbergh recebeu da Odebrecht R$ 4,5 milhões, dizem delatores

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou a abertura de inquérito contra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por suposto recebimento do departamento de propina da Odebrecht de R$ 4,5 milhões não declarados

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.04.2017, 19:50:08 Editado em 11.04.2017, 19:50:10
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou a abertura de inquérito contra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por suposto recebimento do departamento de propina da Odebrecht de R$ 4,5 milhões não declarados nas campanhas de 2008 e 2010.

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Em contrapartida, Lindbergh, então prefeito de Nova Iguaçu (RJ) e hoje candidato à presidência do PT, teria beneficiado a Odebrecht em contratos administrativos relacionados ao programa Pró-Moradia, sustenta a Procuradoria-Geral da República.

O esquema foi relatado por Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o BJ, ex-presidente da construtora, e Leandro Andrade Azevedo, ex-superintendente da Odebrecht no Rio.

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Lindbergh negou a acusação. "Mais uma vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos e, assim como das outras vezes, estou convicto que o arquivamento será único desfecho possível para esse processo. Novamente a justiça será feita."

VICENTINHO

O deputado Vicentinho (PT-SP) recebeu R$ 45 mil em espécie para a sua campanha à Câmara dos Deputados em 2010, afirmam os delatores da Odebrecht Benedicto Junior, ex-diretor da construtora do grupo, e Carlos Armando Guedes Pascoal.

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O dinheiro saiu do departamento de propina da Odebrecht e foi entregue em espécie a Vicentinho. Ele aparece na lista da Odebrecht com o codinome de João Pessoa, apesar de ter nascido no Rio Grande do Norte, não na Paraíba.

Os delatores relatam que o então candidato acertou a doação na sala de Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, no edifício Eldorado, em São Paulo.

O ministro Edson Fachin determinou a abertura de inquérito no Supremo para apurar o suposto crime relatado pelos delatores.

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"Vi isso com surpresa. De uma coisa tenho certeza: não sei, não fui e jamais serei corrupto. Meus projetos são todos contra interesses de empreiteiras, inclusive da Odebrecht. Mas vamos aguardar do que estão me acusando", disse Vicentinho à reportagem.

'DECRÉPITO'

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O deputado federal José Francisco Paes Landim (PTB) teria recebido da Odebrecht R$ 100 mil, valor que não teria sido declarado em sua campanha à Câmara em 2010, de acordo com os delatores José de Carvalho Filho e Cláudio Melo Filho.

No sistema da empreiteira, o deputado era identificado pelo apelido "Decrépito".

Fachin pede ainda que a Procuradoria-Geral da República considere a possibilidade de se extinguir a punição sobre o Landim devido à idade do deputado -ele tem 80 anos.

'EDUCADOR'

O ministro do Supremo também determinou a abertura de inquérito para investigar fatos relacionados ao deputado federal Paulo Henrique Ellery Lustosa da Costa (PP-CE).

Segundo declarações prestadas pelos colaboradores Cláudio Melo Filho e José de Carvalho Filho, o parlamentar teria solicitado e recebido o valor de R$ 100 mil por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, na campanha de 2010.

A empresa utilizou-se do apelido "Educador" para referir-se ao beneficiário, anotando-se que, na campanha do ano de 2014, ocorreu contribuição por meio de doação oficial.

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