DANIEL CARVALHO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a instauração de inquérito para investigar se o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) recebeu, de fato, R$ 20 milhões entre 2008 e 2014, como afirmam dois executivos da Odebrecht.
Benedicto Júnior, o BJ, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, e Paulo Cesena, ex-presidente da Odebrecht Transport, disseram à Procuradoria-Geral da República que, no período em que foi prefeito de São Paulo e, depois, quando ministro das Cidades, Kassab recebeu os recursos como "vantagem indevida".
O Ministério Público disse haver indícios de corrupção passiva e ativa, além de ocultação de bens.
O inquérito integra a chamada "lista de Fachin", conjunto de inquéritos cuja abertura foi determinada pelo ministro do STF. A informação foi publicada nesta terça-feira (11), pelo jornal "O Estado de São Paulo".
RELATOR DA PREVIDÊNCIA
O relator da reforma da Previdência, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), recebeu R$ 200 mil da Odebrecht em sua campanha para a Câmara em 2010, de acordo com os delatores da Odebrecht Claudio Mello Filho e José de Carvalho Filho.
Os recursos foram entregues pelo departamento de operação estruturada da Odebrecht para "Tuca", o apelido do parlamentar dentro da Odebrecht.
O ministro do Supremo Edson Fachin determinou a abertura de inquérito para apurar a veracidade do relato dos delatores. Mandou também a Polícia Federal fazer as diligências pedidas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
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