BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Edson Fachin autorizou a abertura de uma investigação sobre o deputado Paulinho da Força (SD-SP), com base nas delações de ex-executivos da Odebrecht.
Os documentos do STF (Supremo Tribunal Federal) foram divulgados pelo jornal "O Estado de S. Paulo" na tarde desta terça (11).
Segundo o despacho do relator da Lava Jato, os colaboradores da empreiteira afirmaram que a campanha de 2014 do candidato recebeu R$ 1 milhão, em duas parcelas, em pagamentos não contabilizados, em troca de vantagens indevidas.
Para a PGR (Procuradoria-Geral da República), há indícios de que os recursos foram fruto de propina e por isso a investigação aponta a suspeita de corrupção passiva.
Os delatores foram Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, e Hilberto Mascarenhas, ex-diretor do departamento de operações estruturadas, o setor de propinas da empresa, de onde teria saído o dinheiro para Paulinho da Força.
De acordo com a Procuradoria, o apelido do deputado nas planilhas internas da Odebrecht era "Forte", suposta referência à Força Sindical.
"Tal pagamento se dava como contrapartida ao apoio político do referido parlamentar em função da greve ocorrida na Embraport em Santos/SP e da invasão que a sede do grupo empresarial sofrera no ano de 2013", diz trecho da decisão de Fachin pela abertura do inquérito.
Todos os despachos do ministro foram assinados no dia 4 de abril. A partir de agora, a Polícia Federal já poderá realizar diligências necessárias.
Ao todo, 83 inquéritos foram abertos pelo STF.
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