SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito contra o deputado Celso Russomanno (PRB-SP), pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O pedido de investigação é baseado nas colaborações premiadas de Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Carlos Armando Paschoal, ambos executivos da Odebrecht.
Russomanno é acusado de ter recebido R$ 50 mil em recursos não contabilizados para a sua campanha para a Câmara em 2010. O montante teria sido repassado pelo Setor de Operações Estruturadas da empreiteira e registrado com a identificação do beneficiário com o apelido Itacaré.
Russomanno nega as acusações, que o deixaram "triste".
"As doações que recebi foram oficiais. Todas estão no site do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]; é só as pessoas consultarem. O que tem que ser colocado é o seguinte: se a doação foi feita com intenção e se o político deu alguma coisa em troca. Nunca dei nada em troca, ofereci absolutamente nada e recebi absolutamente nada", disse à reportagem.
"Não estou ligado a nenhuma obra do país. Estou tranquilo. Quando você está tranquilo, não teme nada, né? Fiz um levantamento aqui e não tem nenhuma doação para a minha pessoa. Pode ter para o partido, mas não para a minha pessoa. Da Odebrecht nunca teve. Fico muito triste de me ver envolvido nesta história."
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