RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A versão carioca da manifestação convocada para este domingo (26) pelo MBL (Movimento Brasil Livre) e pelo movimento Vem Pra Rua tem pauta que vai de apoio genérico à Lava Jato ao fim do estatuto do desarmamento.
O ato ainda tinha pouca adesão no Rio por volta das 11h, mas ganhou corpo por volta do meio-dia. Ainda assim, é pequena se comparada a outros atos organizados pelos mesmos grupos.
Manifestantes ainda não fizeram estimativa de público. A Polícia Militar do Rio não divulga números de participantes em protestos.
O protesto acontece na praia de Copacabana. Há cinco carros de som espalhados ao longo de cinco quarteirões.
Em comum há falas contra o foro privilegiado e o projeto de voto em lista fechada, ventilado como alternativa de reforma política, e em apoio à Lava Jato. No carro do MBL fala-se contra o estatuto do desarmamento, contra o fim da Polícia Militar, bandeira da esquerda, e a favor de reforma das leis trabalhistas.
Não há cartazes criticando o presidente Michel Temer, apesar de ele ter sido mencionado em depoimentos de delatores e diversos ministros de seu governo serem alvo de pedido de inquérito da Procuradoria Geral da República.
Há também um carro Movimento Brasil Real, de descendentes da família real brasileira, que, segundo sua página em rede social, defende "mudança no regime político", "estado menor", escola sem partido, fim do estatuto do desarmamento e do foro privilegiado.
O carro que atrai o maior grupo de pessoas é o do Vem Pra Rua, onde um manifestante fala contra o foro privilegiado e a favor da Lava Jato.
"Se Sergio Cabral tivesse foro, não estaria na jaula, como está. Não há quem não tenha vibrado com a prisão dele", diz ele, em referência ao ex-governador do Rio, preso preventivamente no Complexo de Bangu.
Cabral é tido pelos investigadores como líder de um esquema de desvios de dinheiro e propina em obras no Estado do Rio. O esquema é acusado também de lavar dinheiro ilegal e ocultar recursos no exterior.
No carro do MBL, um manifestante fala a favor da reforma das leis trabalhistas.
"Qualquer empresário aqui sabe que, diante de qualquer ação na justiça de um trabalhador, quebra."
Ambulantes vendem bonecos do ex-presidente Lula vestido de presidiário e do juiz Sérgio Moro fantasiado de super-herói verde-e-amarelo.
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