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ATUALIZADA - PF prende ex-subsecretário de Cabral e diretor da RioTrilhos

LUCAS VETTORAZZO E SÉRGIO RANGEL RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal e o Ministério Público Federal do Rio prendeu, na manhã desta terça (14), um ex-subsecretário de Sérgio Cabral e o diretor da estatal RioTrilhos em mais um desdobramento

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.03.2017, 11:28:00 Editado em 14.03.2017, 15:34:38
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LUCAS VETTORAZZO E SÉRGIO RANGEL

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal e o Ministério Público Federal do Rio prendeu, na manhã desta terça (14), um ex-subsecretário de Sérgio Cabral e o diretor da estatal RioTrilhos em mais um desdobramento da operação Lava Jato no Rio.

Nesta etapa, a operação apura desvios na construção da linha 4 do metrô do Rio, que é o trecho que liga a zona sul à Barra da Tijuca.

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Os dois mandados de prisão foram expedidos para Heitor Lopes de Sousa Junior, diretor da Rio Trilhos, empresa estatal ligada à secretaria estadual de Transportes, e para Luiz Carlos Velloso, subsecretário de transportes na gestão de Sérgio Cabral, atualmente subsecretário de Turismo do Estado.

A PF confirmou que os dois mandados foram cumpridos.

Segundo as investigações, iniciadas há quatro meses, os presos participavam de esquema que cobrava propina às empreiteiras interessadas em assumir as obras e prestar serviços na construção da Linha 4.

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"A propina era paga, principalmente, de forma dissimulada a partir de aditivos que aumentavam os valores devidos, bem como alteravam o escopo técnico das obras", afirma a PF, em nota.

Segundo o acordo de leniência de executivos da Carioca Engenharia, o esquema de corrupção era semelhante ao existente na Secretaria Estadual de Obras, com a cobrança de propina das empreiteiras envolvidas em contratos.

Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que concentra as decisões ligadas a Lava Jato no Estado.

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O grupo que supostamente cobrava propina nas obras do metrô teria agido durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral, preso no final do ano passado no escopo da Operação Calicute, primeiro desdobramento da Lava Jato no Estado. Em janeiro deste ano, a Operação Eficiência decretou a prisão preventiva do empresário Eike Batista.

Segundo o Ministério Público Federal, ainda não foram oferecidas denúncias contra Heitor Lopes Júnior e Luis Carlos Velloso. A reportagem ainda não conseguiu contato com os advogados do presos.

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De acordo com a PF, Júnior já se encontra na sede da PF no Rio e Velloso estaria a caminho.

Eles serão ouvidos em depoimento ao longo da tarde, serão encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal) e mais tarde nesta terça darão entrada no sistema prisional no Estado do Rio. A prisão preventiva tem prazo de cinco dias.

A fase que investiga desvios nas obras do metrô foi batizada de Tolypeutes, que é o nome científico de uma espécie de tatu-bola. O nome é em referência ao equipamento chamado "tatuzão", que é a máquina que escava o túnel das obras do metrô.

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A Linha 4 do metrô do Rio é uma antiga promessa de campanha de Sérgio Cabral e também de seu sucessor, o atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

A linha tinha como objetivo ligar Ipanema, na zona sul, à Barra da Tijuca, zona oeste. A linha ficou pronta para os Jogos Olímpicos, realizados em agosto de 2016 no Rio.

A operação teve a participação de quarenta policiais federais, além de integrantes do Ministério Público Federal e Receita Federal.

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BRAÇO DIREITO

Luiz Carlos Velloso era o principal executivo da gestão do deputado federal Júlio Lopes (PP) quando ele era titular da Secretaria de Estado de Transporte do RJ.

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Em 2014, Velloso foi um dos articuladores da campanha e acompanhou o então candidato a deputado federal pelo Estado em várias agendas.

Com a saída de Lopes da secretaria, o subsecretário Velloso continuou na pasta até o final de 2014. No ano seguinte, foi abrigado pelo vice-governado, Francisco Dornelles, em sua estrutura de poder. Em seguida, ele seguiu para ocupar o segundo posto na Secretaria de Estado de Turismo, onde permanece até hoje.

Na investigação, os procuradores pediram o bloqueio de R$ 12 milhões das contas de Velloso.

O subsecretário de turismo é de família conhecida no Rio. Eles eram donos da Casas da Banha, uma das maiores redes de supermercado do Estado nos anos 1980.

A mulher de Velloso e o irmão dele também foram levados por policiais federais nesta terça para prestar depoimento no centro do Rio.

FUNCIONÁRIO DE CARREIRA

Diretor de Engenharia da RioTrilhos, Heitor Lopes de Sousa é funcionário de carreira da empresa pública, que tem a missão de planejar e conduzir a expansão do metrô carioca.

De acordo com a investigação do Ministério Público, Sousa recebia a propina no canteiro de obras e em dinheiro vivo. Ele era sócio também de duas empresas que prestavam serviço para a construção da Linha 4 do Metrô.

Na investigação, os procuradores pediram o bloqueio de bens de Sousa no valor de R$ 36 milhões.

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