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ATUALIZADA - STF adia decisão sobre Pimentel virar réu sem autorização da Assembleia

LETÍCIA CASADO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu o julgamento da ação que vai decidir o futuro do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). A ação, impetrada pelo DEM, pede que o STF reconheça que não é necessário

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.03.2017, 17:49:38 Editado em 02.03.2017, 17:50:11
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LETÍCIA CASADO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu o julgamento da ação que vai decidir o futuro do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT).

A ação, impetrada pelo DEM, pede que o STF reconheça que não é necessário que a Assembleia de Minas dê aval para que o governador seja processado criminalmente. O partido contesta argumentos da defesa de Pimentel, que alega que o governador só pode virar réu com aval dos deputados -procedimento que prevalece em outros Estados, mas não é previsto na Constituição de Minas Gerais.

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Caso vire réu em ação penal, Pimentel correria o risco de ser afastado do governo.

A presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, decidiu que seria adequado esperar que o tribunal estivesse completo para definir a questão.

Assim, o caso será pautado novamente em abril, depois da posse do ministro Alexandre de Moraes, marcada para 22 de março.

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ACRÔNIMO

Pimentel foi denunciado duas vezes por corrupção passiva pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na Operação Acrônimo.

A denúncia acusa o governador supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, após investigação sobre a relação do petista com o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené.

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Segundo a investigação da Polícia Federal, a Caoa pagou R$ 2,1 milhões a duas empresas de Bené, que teria intercedido junto a Pimentel para beneficiar a montadora quando o hoje governador era ministro do Desenvolvimento. O governador nega ter cometido irregularidades.

Quando a denúncia chegou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), foro de governador, os ministros enviaram o caso para a análise da Assembleia de Minas. Os deputados chegaram a iniciar o debate sobre o tema, mas o DEM recorreu ao Supremo e a tramitação foi interrompida. O governo tem ampla maioria na Casa.

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O caso tinha voltado à pauta do STF nesta quinta (2). Cinco ministros entenderam que a Assembleia não precisa dar aval para que o governador seja processado. Ou seja, caberia ao STJ decidir se a denúncia deve ou não ser aceita, e não à Assembleia Legislativa de Minas.

Votaram neste sentido o relator Edson Fachin e os ministros Luís Roberto Barroso, Marco Aurélio, Rosa Weber e Luiz Fux. Os outros ministros ainda não votaram no mérito da questão.

Procurada, a defesa de Pimentel diz que "essa ação é uma clara manipulação da lei" e que o tema não deveria ser julgado em uma ação direta de inconstitucionalidade.

"Registra que o PGR (Procuradoria-Geral da República) e a Advocacia-Geral também foram no sentido de não se conhecer da ação, por reconhecerem a sua inaptidão", diz o advogado Eugênio Pacelli. "Esperamos que a decisão final da Corte seja exatamente nessa direção, seguindo a tradição de Justiça que sempre a orientou."

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