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Temer diz que não houve censura em decisão judicial contra jornal

O presidente Michel Temer negou nesta segunda-feira (13) que tenha havido censura na decisão da Justiça de Brasília, a pedido do Palácio do Planalto, que impediu a veiculação de reportagem da Folha de S.Paulo sobre uma tentativa de extorsão sofrida pela p

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.02.2017, 14:31:00 Editado em 13.02.2017, 14:41:38
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O presidente Michel Temer negou nesta segunda-feira (13) que tenha havido censura na decisão da Justiça de Brasília, a pedido do Palácio do Planalto, que impediu a veiculação de reportagem da Folha de S.Paulo sobre uma tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer no ano passado.

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No final de pronunciamento, no Palácio do Planalto, o peemedebista foi questionado pela reportagem da Folha se houve censura no episódio. "Não houve isso. Você sabe que não houve", respondeu.

Uma liminar concedida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, impede que a Folha de S.Paulo publique informações sobre uma tentativa de um hacker de chantageá-la, no ano passado.

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A petição foi assinada pelo advogado Gustavo do Vale Rocha, subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, em nome de Marcela.

O pedido menciona também o jornal "O Globo", cujo site publicou uma reportagem sobre o assunto logo após a Folha de S.Paulo.

O texto foi publicado no site da Folha às 18h45 na sexta (10). A ação foi protocolada às 17h47, segundo registro do tribunal de Brasília.

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A reportagem da Folha de S.Paulo teve acesso a informações tornadas públicas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Os processos são os seguintes: 0000057-20.2017.8.26.0520, 0036961-28.2016.8.26.0050, 0036960-43.2016.8.26.0050 e 0032415-27.2016.8.26.0050. Qualquer advogado ou pessoa cadastrada no site do tribunal pode acessar os autos.

O advogado da Casa Civil diz que a ação para impedir a publicação de informações sobre a primeira-dama "serve a evitar prejuízo irreparável à autora, que, caso tenha sua intimidade exposta indevidamente pelos veículos de comunicação, que mais uma vez estão a confundir informação com violação da privacidade de uma pessoa pública".

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O diretor jurídico do Grupo Folha, Orlando Molina, considera que a decisão atenta contra a liberdade de imprensa. "Eu vejo como uma tentativa brutal de impedir a liberdade de informação", diz. "Isso configura censura ao veículo de imprensa." A Folha vai recorrer da decisão.

GUSTAVO URIBE, BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) -

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