MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Eleição na Câmara definirá projetos que afetam dia a dia da população

RANIER BRAGON BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A partir das 9h desta quinta-feira (2) a Câmara escolherá, em escrutínio secreto, o deputado federal que comandará a Casa pelos próximos dois anos, até janeiro de 2019. O favorito é o atual ocupante da cadeira, R

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.02.2017, 20:24:31 Editado em 01.02.2017, 20:25:09
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

RANIER BRAGON

continua após publicidade

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A partir das 9h desta quinta-feira (2) a Câmara escolherá, em escrutínio secreto, o deputado federal que comandará a Casa pelos próximos dois anos, até janeiro de 2019.

O favorito é o atual ocupante da cadeira, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas há até agora quatro concorrentes, três deles também de partidos da base de apoio a Michel Temer.

continua após publicidade

Embora a disputa desperte pouquíssimo interesse popular, a definição resulta em um impacto não desprezível no dia a dia da população.

Em primeiro lugar, o presidente da Câmara tem um grande poder de decidir quais projetos irão de fato à votação durante o seu mandato e, principalmente, qual será o ritmo de análise de determinados temas.

Ou seja, apesar das fortíssimas pressões internas e de outros poderes que ele sofre, sua caneta acelera votações de projetos ou, em linha oposta, joga-os indefinidamente na gaveta.

continua após publicidade

De perfil conservador e com fortes ligações empresariais, coube ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por exemplo, levar à votação temas como a regulamentação das terceirizações no país, a redução da maioridade penal, ambos em análise no Senado, e uma série de projetos de endurecimento do Código Penal.

Projetos defendidos pela esquerda, por outro lado, tiveram tramitação quase nula nos pouco mais de 15 meses de gestão (fevereiro de 2015 a maio de 2016) de Cunha.

Essa realidade seria certamente diversa caso o então governo de Dilma Rousseff tivesse conseguido derrotar o peemedebista e eleger o aliado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para o comando da Câmara em fevereiro de 2015.

continua após publicidade

Esse raciocínio se aplica a outra das atribuições de um presidente da Câmara, a de autorizar o prosseguimento de eventual pedido de impeachment contra o presidente da República.

Adversário do governo e após o fracasso de uma negociação com o Planalto e o PT para livrá-lo da cassação, Cunha deu aval ao pedido contra Dilma em dezembro de 2015.

A petista contaria, naturalmente, com importante trunfo caso decisão crucial para sua permanência no cargo estivesse nas mãos do correligionário Chinaglia.

Com a saída de Dilma, a cadeira de presidente da Câmara terá também a importância elevada em 2017 e 2018. O seu ocupante é, nesses dois anos, o primeiro na linha sucessória da Presidência da República.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Eleição na Câmara definirá projetos que afetam dia a dia da população"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!