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Rolls Royce fecha acordo na Lava Jato e vai pagar multa de R$ 83 milhões

MARIO CESAR CARVALHO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Rolls Royce anunciou nesta segunda-feira (16) em Londres que fechou um acordo com o Ministério Público Federal brasileiro pelo qual pagará uma multa de US$ 25,6 milhões, o equivalente a cerca de R$ 83 mi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.01.2017, 18:37:40 Editado em 16.01.2017, 23:57:55
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MARIO CESAR CARVALHO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Rolls Royce anunciou nesta segunda-feira (16) em Londres que fechou um acordo com o Ministério Público Federal brasileiro pelo qual pagará uma multa de US$ 25,6 milhões, o equivalente a cerca de R$ 83 milhões, para encerrar duas investigações contra o grupo britânico.

A empresa fabrica turbinas para gerar eletricidade, usadas pela Petrobras em plataformas de petróleo.

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Dois delatores da Operação Lava Jato haviam contado em seus acordos que receberam ou repassaram propina da Rolls Royce para que a empresa conquistasse contratos na Petrobras: o ex-gerente da estatal Pedro Barusco e o lobista Julio Faerman.

Barusco relatou à Polícia Federal, em novembro de 2014, que recebeu "pelo menos" US$ 200 mil para que a Rolls Royce fechasse um contrato de US$ 100 milhões. O contrato, no caso, era para o o fornecimento de módulos de geração de energia para plataformas.

Levantamento feito pela CGU (Controladoria-Geral da União) apontou que os contratos da Rolls Royce com a estatal tinham uma valor muito maior do que o montante citado por Barusco: o negócio com os geradores, fechado em 2011, era de US$ 650 milhões.

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O outro delator, Faerman, confessou que fez pagamentos ilícitos como representante da Rolls Royce junto à Petrobras.

Faerman era considerado um dos maiores lobistas da Petrobras. Além da Rolls Royce, ele representava a empresa holandesa SBM. Segundo Faerman, a empresa pagou US$ 139 milhões em propina para funcionários da estatal para fechar contratos que somam US$ 27 bilhões.

A SBM fechou um acordo de leniência, uma espécie de delação para empresas, no qual se comprometeu a pagar US$ 149,2 milhões à Petrobras e abater outros US$ 179 milhões que a estatal deveria lhe pagar nos próximos 14 anos. O acordo, no entanto, não foi homologado pela Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal.

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Procuradores que integram o órgão concluíram que a empresa só citou no acordo fatos que os investigadores da Lava Jato já conheciam, não trazendo nenhuma novidade para a apuração.

ACORDO MAIOR

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O acordo com o Brasil faz parte de um acordo maior que a Rolls Royce fechou com autoridades do Reino Unido e dos Estados Unidos.

A multa total será de cerca de 671 milhões de libras, o equivalente a R$ 2,6 bilhões.

O Reino Unido ficou com o maior valor da multa (497,3 milhões de libras ou R$ 1,95 bilhão) e o Brasil, com o menor. Já os Estados Unidos foram contemplados com uma indenização de cerca de US$ 170 milhões (ou R$ 550 milhões, quando corrigidos pelo câmbio desta segunda, 16).

Desde meados de 2015 a Rolls Royce tem dito que colabora com as investigações no Brasil, na Inglaterra e nos Estados Unidos e que não iria tolerar o pagamento de suborno como método para conquistar contratos.

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