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Oito dos 9 vereadores suspensos após operação da PF não são reeleitos em Ribeirão

MARCELO TOLEDO RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Oito dos nove vereadores suspensos após a deflagração da Operação Sevandija, em 1º de setembro, não conseguiram se reeleger em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) neste domingo (2). Mesmo com uma Câmara

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.10.2016, 09:57:46 Editado em 03.10.2016, 15:32:21
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MARCELO TOLEDO

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RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Oito dos nove vereadores suspensos após a deflagração da Operação Sevandija, em 1º de setembro, não conseguiram se reeleger em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) neste domingo (2).

Mesmo com uma Câmara com mais cadeiras disponíveis que na eleição de 2012 -serão 27 parlamentares a partir do ano que vem, ante os atuais 22-, só Capela Novas (PPS) conseguiu ser reeleito entre os vereadores que tiveram os mandatos suspensos pela Justiça. Mesmo assim, ficou apenas com a última vaga.

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A Sevandija -que significa "parasita"- resultou nas prisões de 16 pessoas e nas suspensões dos mandatos de nove parlamentares. Além de Capela, os vereadores que tiveram os mandatos suspensos e foram conduzidos coercitivamente para prestarem depoimento à PF são Samuel Zanferdini, Bebé e Genivaldo Gomes (PSD), Cícero Gomes da Silva (PMDB), Walter Gomes e Giló (PTB), Maurilio Romano (PP) e Saulo Rodrigues (PRB).

Somados, eles viram a votação cair dos 45.580 votos recebidos na eleição de 2012 para os atuais 9.715. Os candidatos puderam seguir com suas campanhas eleitorais, mas tiveram a função pública suspensa até o final do processo e não podem frequentar nenhum prédio público, inclusive a própria Câmara.

Um dos vereadores que não obteve a reeleição foi o atual presidente da Casa, Walter Gomes (PTB), que viu sua votação encolher de 5.575, há quatro anos, para os atuais 1.312 votos. Ele foi flagrado em grampos telefônicos com autorização judicial numa conversa com sua filha, que se queixava do salário em um cargo "arranjado" numa empresa que tinha contrato com a prefeitura.

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Em outro momento, ele foi flagrado recebendo um envelope do empresário Marcelo Plastino, que foi preso na operação, em meio a uma revista que, para membros da Sevandija, continha dinheiro vivo.

Cícero Gomes da Silva, que também foi flagrado recebendo um envelope dentro de uma revista, obteve 2.000 votos e ficou na primeira suplência de seu partido.

Giló, genro da prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera (PSD), e Maurilio tiveram os nomes citados numa conversa entre a prefeita e o ex-secretário Marco Antonio dos Santos, que está preso. No diálogo, ela fala de suposta compra de votos na Câmara.

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Os outros parlamentares apareceram em grampos conversando com Plastino para combinar "cafés" ou tiveram os nomes envolvidos com a suspeita de terem indicado funcionários para trabalhar na empresa Atmosphera. A suspeita da operação é que a prefeitura usava a Coderp (companhia de desenvolvimento) para contratar a empresa, por meio de licitações fraudulentas, para abrigar funcionários terceirizados que deveriam ser contratados em concurso público. Esses funcionários eram indicados por aliados da prefeita, sobretudo vereadores.

Todos os parlamentares negam irregularidades e envolvimento com o esquema investigado pela PF e o Gaceo.

A não reeleição atingiu também outros vereadores, além dos citados na operação da PF. Dos atuais 22 ocupantes de cadeiras na Câmara, apenas nove se reelegeram.

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