RENATA AGOSTINI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A vitória de João Doria já no primeiro turno consagra a força de Geraldo Alckmin no PSDB de São Paulo.
O governador apoiou o empresário nas prévias e colocou boa parte de seus auxiliares para garantir a confirmação de seu nome como o nome do partido na corrida eleitoral.
Os dois já eram amigos. A escolha de Doria, porém, foi pragmática. Com ele, Alckmin fez seu candidato na corrida. À época, o adversário do empresário na eleição interna da sigla era Andrea Matarazzo, amigo e aliado do chanceler José Serra e de "cabeças brancas" do PSDB, como o ex-governador Alberto Goldman.
Alckmin quer se lançar novamente à Presidência da República em 2018. Dentro do PSDB, o presidente nacional do partido, Aécio Neves, e Serra também nutrem a mesma ambição.
DINHEIRO E TV
Desconhecido do grande público, Doria adotou a estratégia de atrair o apoio do maior número possível de partidos e gastar muito dinheiro -para os padrões da campanha deste ano, que foi a primeira sem o financiamento privado.
O resultado foi uma coligação com partidos que vão do PV ao PTC, partido do ex-presidente Fernando Collor. As doze siglas garantiram um massacre na TV para Doria, que foi, de longe, o candidato com mais tempo de programa eleitoral e com o maior número de inserções televisivas.
O tucano foi também o que mais gastou dinheiro. No total, foram R$ 13,5 milhões em despesas contratadas, mais que o triplo do registrado no TSE pelas campanhas de Marta Suplicy (R$ 3,8 milhões) e de Celso Russomanno (R$ 3,7 milhões). Fernando Haddad, que aparece num distante segundo lugar, contratou serviços que somam R$ 11,8 milhões.
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