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Estilo de candidatos do Rio vai de 'tipo podrinho' a 'executivo'

ITALO NOGUEIRA E SÉRGIO RANGEL RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Os candidatos à Prefeitura do Rio parecem ter aposentado de vez o uniforme de terno e gravata comum aos concorrentes ao posto. O resultado foi uma mistura de estilos que tem muito a dizer s

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.10.2016, 12:08:00 Editado em 02.10.2016, 12:10:08
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ITALO NOGUEIRA E SÉRGIO RANGEL

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Os candidatos à Prefeitura do Rio parecem ter aposentado de vez o uniforme de terno e gravata comum aos concorrentes ao posto.

O resultado foi uma mistura de estilos que tem muito a dizer sobre a estratégia de campanha cada um deles.

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Em comum, a maioria busca usa roupas simples, uma tendência entre marqueteiros para tentar aproximar o candidato do eleitorado. Isso é radicalizado numa disputa municipal, cujo cargo pressupõe uma proximidade maior com o público-alvo.

A tendência se intensificou este ano também, afirmam políticos e marqueteiros, após os protestos de 2013. Nessa primeira eleição municipal após as manifestações, os postulantes a prefeitos tentam de toda forma se distanciar da imagem de políticos tradicionais.

Foi a mudança feita por Marcelo Freixo (PSOL). Em 2012, quando tentou pela primeira vez a Prefeitura do Rio, costumava ir aos debates na TV vestindo terno e gravata vermelha.

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Nesta eleição, costuma usar camisetas, camisas, e, algumas vezes, peças que a analista de moda Paula Acioli define como "tipo podrinhas".

"[É um] termo do vocabulário fashion utilizado para definir peças de roupas super confortáveis com aparência de muito usadas. Jeans e camisetas são uma espécie de 'preferência nacional' entre os jovens, sobretudo no meio universitário, um importante reduto de eleitores de Freixo. O candidato, obviamente pensa nisso quando elege esse tipo de visual", afirmou Acioli.

Outro que se destaca na escolha das roupas é Índio da Costa (PSD). Em todos os debates e entrevistas da TV, usa uma camiseta preta, na maioria das vezes de manga comprida.

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A comparação com Steve Jobs, criador da Apple, foi instantânea. E gerou até um trocadilho do senador Marcelo Crivella (PRB), durante o debate da Rede TV!.

"O Índio, com esse estilo Steve, do fundador da Macintosh... Usa isso porque é o único que pode usar esse discurso. 'Estive no governo Cabral, estive no governo do Pezão, estive no governo Eduardo Paes. Estive no governo de todos'. Mas ele acha que todos não prestam. Só ele", disse, para gargalhada dos presentes ao debate.

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O candidato do PSD ousou na última semana. Colocou na camiseta o site de sua campanha durante o debate da TV Record. A página saiu do ar tamanho o acesso.

"Índio, de uma família tradicional carioca, adota a sobriedade, mas com jovialidade", disse Acioli.

Jandira Feghali (PC do B) mantém o estilo hippie, como define Acioli, que usa há anos. Esbanja camisas estampadas, em alguns casos florais, para acentuar o vínculo com o eleitorado feminino —um dos motes de sua campanha.

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A analista de moda afirma, porém, que o estilo "restringe muito suas possibilidades quando escolhe visuais tão datados quanto os que veste".

Pedro Paulo (PMDB) tem cerca de 20 camisas polos azuis idênticas, com as quais aparece em todas as agendas de rua, programas eleitorais e entrevistas na TV, vestindo também calças jeans. Para a analista de moda, o conjunto resulta numa imagem de "'bom moço demais' que não parece convencer".

"Um corte de cabelo diferente, mais moderno, e camisas sociais de mangas arregaçadas, talvez lhe conferissem mais dinamismo e personalidade", opina Acioli.

Nos debates, o peemedebista opta por blazer e camisas sociais. No da TV Globo, na quinta (29), todos os candidatos homens também aderiram a esse estilo, o mesmo de Crivella, Carlos Roberto Osório (PSDB) e Alessandro Molon (Rede) —à exceção de Índio, que manteve a camisa preta.

"Crivella escolhe visuais mais tradicionais e conservadores, muito adotados pelos executivos do mercado financeiro carioca nas suas tradicionais sextas-feiras informais: calças com bolso faca em tons neutros e camisas sociais, via de regra azuis, são a 'receita de bolo'", diz Acioli.

Nos primeiros dois debates, Flávio Bolsonaro (PSC) foi o único a aparecer de terno e gravata. Flexibilizou o visual no encontro da TV Record, dispensando o acessório.

Nas ruas, varia da camisa social a uma camisa polo. Para a analista de moda, adota o "estilo conservador, mas nem tanto".

"Bolsonaro explora o porte e a boa forma física, adotando camisetas e polos mais ajustadas, alfaiataria e camisaria tradicionais, mas de corte moderno. Não tem porque ousar quando sua plataforma não é essa", diz Acioli.

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