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Prisão de Palocci e operação da PF esquentam corrida em Ribeirão Preto

MARCELO TOLEDO RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - A prisão do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil) e uma operação da Polícia Federal esquentaram os últimos dias de disputa no primeiro turno da eleição em Ribeirão Preto. Acusações do suposto

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.10.2016, 12:42:41 Editado em 02.10.2016, 07:18:31
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MARCELO TOLEDO

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RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - A prisão do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil) e uma operação da Polícia Federal esquentaram os últimos dias de disputa no primeiro turno da eleição em Ribeirão Preto.

Acusações do suposto envolvimento de um candidato com a operação Sevandija de um lado, críticas a outro por ter sido filiado ao PT de Palocci -que governou a cidade duas vezes-, passando pelo elo de um terceiro com o partido que está no poder e pela "máfia da merenda", que envolve um quarto concorrente, os debates e programas do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV viraram um autêntico "ringue" nos últimos dias.

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O estilo propositivo das primeiras semanas deu espaço para afirmações de que as promessas feitas na campanha são irreais e de que a corrupção é o maior mal a ser combatido pelas urnas no próximo domingo (2).

Palocci foi preso na 35ª fase da operação Lava Jato, na última segunda-feira (26), intitulada Omertà, que investiga indícios de uma relação criminosa entre o ex-ministro e a empreiteira Odebrecht.

No dia seguinte, o tema estava em debate do SBT e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), encerrado na madrugada desta quarta-feira (28). Duarte Nogueira (PSDB), que divide a liderança na disputa com Ricardo Silva (PDT), segundo o Ibope, criticou João Gandini (PSB) por ter disputado a última eleição pelo PT de Palocci, "que está lá em Curitiba [preso]".

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A afirmação foi uma resposta à citação de Gandini de que o tucano teve o nome citado na "máfia da merenda" -foi inocentado pela Corregedoria-Geral da Administração.

Mas é a Sevandija, deflagrada pela PF e pelo Gaeco, do Ministério Público paulista, no último dia 1º, que tem dominado as discussões na TV e nas ruas.

As iniciais RS, que a operação afirma se referir a Ricardo Silva, apareceram anotadas em notas de R$ 2 apreendidas num cofre no apartamento do empresário Marcelo Plastino. Ele é dono da Atmosphera, empresa suspeita de ser usada pela Coderp (companhia de desenvolvimento, órgão da prefeitura) em licitações fraudulentas, para que abrigasse funcionários terceirizados indicados por aliados da prefeita Dárcy Vera (PSD), especialmente vereadores.

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Nogueira, Rodrigo Camargo (PTB) e Gandini têm insistido no tema nos debates e programas. "Há um aparente acordo de meus rivais sobre isso. Já mandei fazer laudo pericial sobre essa nota de R$ 2, que me exime. Sempre fui oposição ao governo Dárcy, sempre combati os desmandos. Não há motivo para ninguém querer me ajudar, a não ser por pretensão futura, que da minha parte nunca existiu. Essa nota tem afirmações falsas", disse.

Ele também passou a atacar promessas de Nogueira, como a construção de ambulatórios médicos especializados. "Na medida em que apresentamos propostas temos que mostrar que são viáveis. Tenho visto promessas mirabolantes, que não são de aplicações imediatas ou factíveis. E a nossa proposta é mais concreta e mais real." Ele também critica Camargo, cujo partido está coligado com o PSD de Dárcy, que teve o primeiro escalão de seu governo devastado pela operação da PF -três secretários estão presos.

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Para Nogueira, Ricardo está mostrando "muita preocupação" com o pleito. "Para quem estava dizendo que estava disparado, ia vencer a eleição, não deveria se preocupar com os outros adversários. Está tendo comportamento de alguém que está inseguro, em função talvez de pesquisas que ele tenha e de ele ser, junto com alguns vereadores, o único candidato à prefeitura envolvido na Sevandija", disse o tucano.

MANIFESTO

O nível de tensão do cenário político fez, nesta terça-feira (27), a regional do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) lançar um manifesto em que diz que "a Califórnia Brasileira está estarrecida", em alusão à denominação recebida por Ribeirão nos anos 80, devido ao apogeu econômico de então.

"A boa e linda cidade progressista está com sua imagem arranhada. Aproximam-se o final de mandatos e começo de novos, e o reflexo de tudo que está acontecendo são enormes prejuízos para a sociedade, com os serviços públicos praticamente estagnados. A cidade está sem rumo", diz trecho do manifesto, assinado pelo engenheiro José Batista Ferreira, diretor do sindicato na cidade.

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