DÉBORA ÁLVARES, RANIER BRAGON E DANIELA LIMA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com o aval do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a oposição quer acelerar a tramitação do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. A operação vem sendo discutida em decorrência da deflagração da 24ª fase da Operação Lava Jato, que teve como principal alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ideia inicial é obstruir todas as votações da Casa no plenário, único local ainda em funcionamento, uma vez que nenhuma das comissões permanentes foi instalada ainda.
Aécio foi procurado na manhã desta sexta-feira (4) por grupos de oposição, aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O objetivo é unificar mais rapidamente o discurso pró-impeachment.
Uma ala contrária à Dilma chegou a defender que o presidente da Câmara abrisse mão dos questionamentos que fez ao Supremo Tribunal Federal e desse sequência imediata à tramitação do impeachment.
Após o STF derrubar o rito do impeachment imposto por Cunha e proibir, entre outras coisas, a eleição da comissão especial que julgará Dilma com a participação de chapa avulsa, em dezembro, o peemedebista encaminhou embargos de declaração aos ministros com uma série de questionamentos. Decidiu que só dará sequência à tramitação do impeachment após a nova manifestação do Supremo.
Aliados do peemedebista dizem que a espera se deve a uma esperança de que os ministros mudem de ideia sobre alguns pontos do julgamento, como a proibição da chapa avulsa.
Dessa forma, a decisão até o momento é obstruir todas as votações da Casa.
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.03.2016, 14:51:19 Editado em 27.04.2020, 19:52:28
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