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Defesa de João Santana diz que PF faz ilações sem provas

GRACILIANO ROCHA, ENVIADO ESPECIAL CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - A defesa do marqueteiro João Santana e de Mônica Moura afirmou que são inconsistentes os argumentos usados pela Polícia Federal para pedir ao juiz Sergio Moro que a prisão temporária deles, q

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.03.2016, 16:22:42 Editado em 27.04.2020, 19:52:30
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GRACILIANO ROCHA, ENVIADO ESPECIAL
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - A defesa do marqueteiro João Santana e de Mônica Moura afirmou que são inconsistentes os argumentos usados pela Polícia Federal para pedir ao juiz Sergio Moro que a prisão temporária deles, que vence nesta quinta-feira (3), seja convertida em preventiva (por tempo indeterminado).
Entre os argumentos da PF, estão a hipótese de que Santana pode ter sabido com antecedência da operação.
Policiais também afirmam que Santana, que estava na República Dominicana, excluiu sua conta no Dropbox, um serviço de armazenamento e compartilhamento de arquivos em nuvem enquanto a polícia deflagrava a fase Acarajé da Operação Lava Jato.
"Se for verdade que os peticionários [Santana e a mulher] já sabiam da operação, por que diabos João deixaria para encerrar sua conta no Dropbox já no próprio dia da operação e não nos dias anteriores?", afirma a peça de defesa, assinada pelos advogados Fabio Tofic e Debora Perez.
Eles criticaram o fato da prisão temporária ter sido prorrogada para ouvir esclarecimentos do casal sobre planilhas que indicam que a Odebrecht realizou pagamentos a ele no Brasil, mas a PF não ter marcado um novo depoimento para indagá-lo em Curitiba.
Nesta quinta, ao representar para que os dois continuem presos, a PF informou a existência de uma nova planilha que indica pagamentos de R$ 21,5 milhões à "Feira" -codinome atribuído a João Santana e Mônica- entre 2014 e maio de 2015. As anotações estavam em poder de Maria Lúcia Tavares, funcionária da Odebrecht presa pela fase Acarajé e libertada na quarta (2).
Os advogados afirmaram que os investigadores não apresentaram prova que os repasses, de fato, existiram, e criticou o Ministério Público Federal por inferir que os supostos pagamentos teriam sido realizados enquanto a Lava Jato já estava em curso -o que tornaria Santana ciente da origem escusa do dinheiro.
"Ainda mais falacioso é o argumento usado sobretudo pelo MPF, de que tampouco a notoriedade das investigações serviu para cessar o recebimento de valores que vinham da Odebrecht. A uma, porque não se tem provas de que tais pagamentos foram efetuados, e, a duas, porque neste período indicado pelo MPF não havia um único funcionário da Odebrecht preso, ou até mesmo formalmente acusado de corrupção na dita operação", diz trecho do documento protocolado pela defesa.

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