PAULO GAMA, ENVIADO ESPECIAL
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Em encontro fechado com intelectuais e artistas nesta sexta-feira (26), no Rio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, para sair da crise, o Brasil precisa de uma "economia desaforada".
Segundo relatos, o petista disse que em tempos normais deve-se seguir receitas, mas, na crise, é preciso sair do manual.
Ele sugeriu medidas como liberação de crédito e o uso de reservas internacionais do país para investimento em infraestrutura, a exemplo do que aprovou nesta sexta-feira o diretório nacional do PT.
E deu um exemplo para "fazer girar a roda gigante" da economia: se o governo se desfizesse de US$ 100 bilhões de suas reservas, poderia usar R$ 200 bilhões para pagamento da dívida e investir os outros R$ 200 bilhões em infraestrutura.
Apesar de não ter feito críticas diretas a Dilma Rousseff, as propostas apresentaras por Lula se chocam com a política econômica do Planalto.
O seminário, que coincide com a data da comemoração dos 36 anos do PT -mas não tem relação com o partido- foi organizado pelo ex-ministro Roberto Amaral. O ex-presidente deve participar amanhã do ato de encerramento da celebração do aniversário petista.
Segundo Amaral, o evento desta sexta não se tratou de um "ato de solidariedade" a Lula -que tem as relações com empreiteiras colocadas sob suspeita pelo Ministério Público e pela Policia Federal- mas de um debate sobre a "crise em geral, política e econômica".
Participaram do encontro dezenas de convidados. Ente eles, o cineasta Luiz Carlos Barreto, os advogados Modesto da Silveira e Eny Moreira, o ex-ministro Paulo Vannuchi e o músico Tico Santacruz.
Escrito por Da Redação
Publicado em 26.02.2016, 22:57:32 Editado em 27.04.2020, 19:52:39
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