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Contabilidade de João Santana era "rudimentar", diz advogado tributarista

BELA MEGALE E PAULA REVERBEL SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com faturamento de pelo menos de R$ 340 milhões no exterior e lucro de R$ 170 milhões no Brasil entre 2010 e 2014, o marqueteiro João Santana e a mulher Mônica Moura, detidos na terça-feira (23) n

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.02.2016, 14:18:27 Editado em 27.04.2020, 19:52:40
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BELA MEGALE E PAULA REVERBEL
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com faturamento de pelo menos de R$ 340 milhões no exterior e lucro de R$ 170 milhões no Brasil entre 2010 e 2014, o marqueteiro João Santana e a mulher Mônica Moura, detidos na terça-feira (23) na Operação Lava Jato, tinham uma "contabilidade simples e rudimentar", segundo o advogado tributarista do casal Igor Nascimento de Souza.
"Eles não são corruptores, corruptos, intermediadores de dinheiro, não prestam serviços para órgãos públicos. Estamos diante de um simples caso de sonegação fiscal", disse o advogado, que afirma que toda origem do patrimônio é lícita.
Ele afirmou, que todas as empresas de Santana no exterior, a Pólis América (El Salvador), Pólis Argentina (Argentina), Pólis Tepeque (Panamá) e Pólis Caribe (República Dominicana), eram de conhecimento do Banco Central, com exceção da offshore panamenha Shellbill, que recebeu recursos atribuídos a empreiteira Odebrecht.
Segundo o advogado, o próprio escritório responsável pela contabilidade da Pólis e do casal só tomou conhecimento da existência da Shellbill e de sua conta na Suíça depois que da deflagração de uma fase da Lava Jato, em 2015, que teve Zwi Skornicki, representante de uma fornecedora da Petrobras, como alvo. Skornicki é apontado pela polícia como um repassador de propinas em contratos com a Petrobras.
"Eles conscientemente sonegaram uma informação nossa e do fisco."
O advogado informou também que há mais uma empresa não declarada Mônica Moura que tem 100% dos recursos da Shellbill. "Era poupança para os filhos da Mônica e do João. Não sabemos dizer quanto de dinheiro tem", afirmou.
Ainda de acordo com o tributarista, João Santana foi aconselhado a abrir a offshore Shellbill em 1998, quando era funcionário do também publicitário Duda Mendonça e prestou serviços na Argentina.
Segundo o advogado, o dinheiro da Shellbill vem de contribuições de empresas doadoras de campanhas, como a Odebrecht.
"No Brasil isso é irregular, mas isso não foi feito no Brasil. Foi feito em Angola, Panamá. No Brasil isso seria ilegal. Aqui o Brasil a empresa pode doar para comitê da campanha que paga para o marqueteiro", afirmou.

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