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Juiz vincula viagens de funcionários da Odebrecht a contas secretas

MARIO CESAR CARVALHO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O juiz federal Sergio Moro vinculou uma série de 50 viagens ao exterior de funcionários da Odebrecht, junto com representantes de bancos, a contas que foram usadas pela empreiteira para pagar propina em c

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.02.2016, 17:16:11 Editado em 27.04.2020, 19:52:47
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MARIO CESAR CARVALHO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O juiz federal Sergio Moro vinculou uma série de 50 viagens ao exterior de funcionários da Odebrecht, junto com representantes de bancos, a contas que foram usadas pela empreiteira para pagar propina em contratos com a Petrobras, segundo a Polícia Federal.
Num dos casos, há suspeita de que um ex-funcionário da empreiteira fugiu do país.
Moro cita anotações encontradas no celular de Marcelo Odebrecht, preso desde julho do ano passado, sugerindo que funcionários que controlariam essas contas deixassem o Brasil. A empreiteira foi alvo de nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (22).
As notas escritas por Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, diziam coisas do tipo "HS/LE. Como estão? Ir para fora já","HS e equipe: fechar todas as contas sob risco" e "Proteger nossos parceiros sem aparecermos".
HS e LE são as iniciais de Hilberto Silva e Luiz Eduardo da Rocha Soares, funcionários da Odebrecht que cuidariam de contas no exterior, ainda de acordo com a Polícia Federal. Hilberto, por exemplo, aparece como representante da Odebrecht na ficha na empresa Smith & Nash Engineering Company, acusada de repassar suborno a ex-diretores da Petrobras, o que a Odebrecht nega.
Luiz Eduardo, que deixou a empresa em dezembro de 2014, fez viagens com um representante no Brasil de um banco (Vinicius Veiga Borin) que foi usado para repassar propina, o Antigua Overseas.
A PF suspeita que Luiz Eduardo tenha fugido do país. Em 21 de junho do ano passado, dois dias após Marcelo Odebrecht ter sido preso, ele deixou o Brasil e nunca mais voltou.
Sócio de Luiz Eduardo numa empresa suspeita de atuar na lavagem de dinheiro, Fernando Miglaccio da Silva também deixou o Brasil em julho de 2015 e só voltou em novembro.
As viagens ocorreram para locais que integram o circuito de lavagem de dinheiro, como Uruguai e Dubai, por imporem menos controle sobre contas e a origem dos recursos.
A Odebrecht não se pronunciou sobre as suspeitas dos investigadores da Lava Jato. Em nota, o grupo diz que "as equipes da polícia obtiveram todo auxílio da Odebrecht para o cumprimento dos mandatos".
Ainda segundo a Odebrecht, o grupo "permanece à disposição das autoridades para colaborar, sempre que necessário".

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