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Jornalismo de opinião provoca debate 'animado', mas 'sem sangue'

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A última mesa do Encontro Folha de Jornalismo, no início da tarde desta sexta (19) no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, reuniu comentaristas políticos para falar do jornalismo de opinião. O mediador Bernardo Mell

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.02.2016, 15:19:37 Editado em 27.04.2020, 19:52:50
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A última mesa do Encontro Folha de Jornalismo, no início da tarde desta sexta (19) no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, reuniu comentaristas políticos para falar do jornalismo de opinião.
O mediador Bernardo Mello Franco, colunista da Folha de S.Paulo, abriu a discussão prevendo confronto entre os debatedores Reinaldo Azevedo, colunista da Folha, Ricardo Melo e Josias de Souza, ex-colunistas do jornal. Mas terminou descrevendo, em meio a risadas dos três e da plateia, o encontro como "animado".
Foi logo depois de um dos espectadores, José Francisco da Silva, atravessar a discussão e se dirigir à mesa, com a Folha na mão, dizendo: "Isso aqui é meu cigarro e minha pinga todo dia". Em seguida, enquanto Azevedo e Melo se abraçavam para fotos no centro do palco, ainda rindo, Mello Franco comemorou: "Ninguém sangrando".
Houve concordância entre Melo e Azevedo, logo de início, ao serem questionados se viam o momento político e jornalístico como o mais polarizado da história. Ambos disseram que não, o primeiro lembrando as crises que levaram à morte de Getúlio Vargas e ao golpe militar; o segundo, dizendo que é preciso radicalizar ainda mais, mas só "no verbo".
Já Souza afirmou que a radicalização existe "e quem trabalha na internet sabe: nas caixas de comentários, a vida inteligente passa longe". O risco a temer, afirmou, é de "venezualização", com as diferenças de opinião chegando à violência.
Questionando a imagem de pró-tucanos ou petistas que têm, os três, que antes das colunas de opinião exerceram outras funções na Folha, lembraram momentos em que editaram e escreveram textos tanto contra Fernando Henrique Cardoso como contra o PT.
Os três concordaram também sobre a necessidade de o jornalismo de opinião não inventar ou subverter os fatos que usa como base para o que defende.
Sentados lado a lado, Melo e Azevedo, ambos com origem no grupo estudantil trotsquista Liberdade e Luta, atravessaram o debate fazendo provocações bem-humoradas um ao outro. Azevedo chegou a criticar Melo, que não o deixava apartar, denunciando ser "tática da assembleia desde os tempos da Libelu".
Em outro momento, diante de uma reação negativa da plateia, Azevedo falou, "Eu não trouxe claque", ao que Melo comentou, "Ah, e eu trouxe claque?". No final, quando da intervenção de José Francisco da Silva com elogios a Souza, Melo comentou, "É a claque do Josias".
Ao longo do debate, as frases de maior efeito foram de Azevedo, por exemplo, ao justificar que está à direita do PSDB: "Tucano quer ser petista limpinho". Pouco antes, ao explicar a expressão "petralha", que criou: "Nem todo petista é um petralha, mas todo petralha é um petista".

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