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Correção de erros e direito de resposta ainda são desafio, dizem ombudsmans

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na terceira mesa de debates do Encontro Folha de Jornalismo, nesta quinta (18), no MIS (Museu de Imagem e do Som), ex-ombudsmans e jornalistas que ainda ocupam esse cargo disseram que a correção dos erros e o direito de respos

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.02.2016, 15:14:18 Editado em 27.04.2020, 19:52:52
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na terceira mesa de debates do Encontro Folha de Jornalismo, nesta quinta (18), no MIS (Museu de Imagem e do Som), ex-ombudsmans e jornalistas que ainda ocupam esse cargo disseram que a correção dos erros e o direito de resposta ainda são uma fronteira a ser cruzada pelos veículos de comunicação.
Mediado pela atual ombudsman da Folha de S.Paulo, Vera Guimarães Martins, o painel teve a participação de Caio Túlio Costa, primeiro a ocupar o posto na Folha, Junia Nogueira de Sá, que também exerceu essa função, e Tânia Alves, do cearense "O Povo".
A Folha de S.Paulo foi o primeiro jornal a criar essa função, em 1989. Segundo Vera Guimarães Martins, ela "vai um passo além da coleção de erros porque expõe o jornal, o que é incômodo". Desde a criação do posto pela Folha, somente o jornal cearense "O Povo" replicou a experiência que, nos EUA, Japão e países da Europa, é mais frequente.
"Eu esperava que 25 anos depois, essa sala estaria cheia de ombudsmans", disse Junia Nogueira de Sá. "Infelizmente, somos animais raros nesse zoológico."
Para ela, que atua com comunicação corporativa, se os veículos de imprensa pretendem sobreviver em um mundo dominado pela tecnologia terão, obrigatoriamente, que se deparar com seus erros e uma forma efetiva de corrigi-los.
"Estamos no limiar de virar a mídia referencial da sociedade, não importa onde [papel ou digital], ou ser igual a todos", disse Nogueira de Sá. "Hoje todo mundo virou produtor de conteúdo. Se eu quero sobreviver nessa selva como referência, preciso ser aprova de erros."
DIREITO DE RESPOSTA
Para Caio Túlio Costa, os jornais deveriam ter se antecipado ao governo na elaboração de uma forma efetiva de garantir o direito de resposta. "Nenhuma democracia resolveu essa questão a contento", disse. "Acho uma vergonha para os jornais. As instituições jornalísticas não se organizaram para criar um mecanismo próprio, que defenda o direito de resposta das vítimas da imprensa, algo parecido com o Conar, no sentido da autorregulamentação."
Apesar das deficiências da lei, que já teve artigos vetados pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a ombudsman do jornal cearense "O Povo" acredita que a nova lei não traz tantos desafios, especialmente para jornais de menor porte.
"Ela [a lei] só reforça aquilo que deve ser o principal. A gente tem que apurar o que é verdade e questionar a si mesmo e o seu trabalho. Isso é o que nos leva para frente," disse.
O Encontro Folha de Jornalismo celebra os 95 anos do jornal. Nesta quinta (18) e sexta (19), oito mesas, quatro a cada dia, abordam temas como: a importância crescente do jornalismo profissional, a lei que regulamenta o direto de resposta, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e a relação entre imprensa e governo na Argentina e na Venezuela.

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