AGUIRRE TALENTO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Sob intervenções protelatórias de deputados petistas, a CPI dos Fundos de Pensão adiou a votação de requerimento para convocação do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, na manhã desta quinta-feira (18).
Os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Erika Kokay (PT-DF) e Ênio Verri (PT-PR) pediram a palavra diversas vezes para discutir assuntos anteriores à convocação de Jaques Wagner, como a ata da última reunião da CPI e a prorrogação de seu funcionamento, atrasando a votação dos requerimentos.
Com isso, antes que a convocação de Wagner fosse pautada, os trabalhos no plenário da Câmara foram iniciados por volta das 12h30, fato que impede a votação em qualquer comissão, incluindo as CPIs.
O presidente da CPI dos Fundos, deputado Efraim Filho (DEM-PB), anunciou que suspenderia as votações dos requerimentos, mas que iria retomá-las após o encerramento da ordem do dia no plenário, caso haja número suficientes de deputados na CPI.
Como nas quintas-feiras os parlamentares vão embora para seus Estados, é possível que não haja quórum suficiente para fazer a votação.
Os petistas chegaram a defender Wagner antecipadamente, afirmando que ele não tem relação nenhuma com desvios nos fundos e que sua convocação era apenas jogo político.
O requerimento de sua convocação, de autoria do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), é motivado por mensagens interceptadas pela Polícia Federal entre Wagner e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.
Em uma das mensagens, Léo Pinheiro afirma que Wagner queria saber "como foi na Funcef (fundo de pensão da Caixa Econômica Federal". Em outra enviada a Wagner, Pinheiro cita "demanda vinda dos fundos".
Wagner tem negado irregularidades nas conversas com o empreiteiro.
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.02.2016, 13:47:54 Editado em 27.04.2020, 19:52:52
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