BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse nesta terça-feira (16) que ainda deve avaliar se irá deixar temporariamente o cargo e reassumir o mandato de deputado federal como forma de reforçar o apoio à reeleição do atual líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ).
"Já saiu a informação de que eu teria pedido minha exoneração. Não é verdade, não pedi e não há uma decisão tomada", afirmou, questionado sobre sua eventual saída após encontro com embaixadores de países da União Europeia sobre o vírus da zika.
Castro, porém, deixou claro que não descarta a possibilidade de deixar o cargo temporariamente.
"É um fato importante que está ocorrendo na bancada, e naturalmente eu tenho interesse, como deputado federal do PMDB. Mas não há uma decisão ainda", disse.
Questionado se a decisão poderia trazer mais desgastes ao governo e à sua permanência no cargo, o ministro não respondeu.
Apesar de a presidente Dilma Rousseff ter dado carta branca para que Castro reassuma temporariamente o mandato de deputado federal, a saída do ministro, porém, ainda é alvo de resistências dentro do Palácio do Planalto.
O temor é que a saída tenha forte repercussão negativa para o governo em meio ao aumento de casos de microcefalia no país, o que motivou o governo a declarar, em novembro, situação de emergência nacional em saúde pública.
Na tentativa de garantir sua reeleição, Picciani pediu a Castro que assuma o mandato, uma vez que o suplente do ministro é do PDT -o deputado Flavio Nogueira- e, portanto, não participaria da eleição do partido.
Além dele, o líder do partido articulou o retorno para a Câmara dos Deputados do secretário municipal Pedro Paulo Carvalho (Governo) e do secretário estadual Marco Antônio Cabral (Esporte), ambos do Rio de Janeiro.
Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2016, 15:41:09 Editado em 27.04.2020, 19:52:55
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