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Preso em operação de propina em merenda escolar fecha delação

ALEXANDRE ARAGÃO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Preso na Operação Alba Brava, que investiga desvio de dinheiro público destinado a merendas escolares, o ex-presidente da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) Cássio Izique Chebabi fechou acordo de d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.01.2016, 15:54:28 Editado em 27.04.2020, 19:53:25
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ALEXANDRE ARAGÃO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Preso na Operação Alba Brava, que investiga desvio de dinheiro público destinado a merendas escolares, o ex-presidente da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar) Cássio Izique Chebabi fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo.
Na última quinta-feira (21), Chebabi prestou depoimento de seis horas a procuradores, enumerando cidades em que o esquema teria operado -em seguida, o ex-dirigente foi solto de sua prisão preventiva.
"O meu cliente já aderiu a um procedimento de delação premiada", confirmou o advogado Ralph Tórtima Filho, que representa Chebabi. "Ele já começou a colaborar, inclusive já tendo prestado depoimento."
Na última terça (19), seis dirigentes da Coaf, com sede em Bebedouro (345 km de São Paulo), foram presos e a polícia vasculhou 24 endereços de suspeitos.
Segundo a polícia, a cooperativa pagava propina a funcionários de prefeituras e chefes políticos em troca de contratos de fornecimento de merenda escolar. O superfaturamento chegava a 30% dos contratos, e atingiu ao menos 22 municípios paulistas.
POLÍTICOS
Ex-funcionários da cooperativa, em depoimentos à Polícia Civil, citaram políticos como destinatários finais da propina. Dentre os mencionados estão o presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Fernando Capez (PSDB), e o presidente estadual do PMDB, deputado federal Baleia Rossi.
Além de Capez e Baleia Rossi, os políticos acusados de receberem comissão nos contratos de merenda são o deputado federal Nelson Marquezelli (PTB) e o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD). A informação foi publicada pelo site da revista "Veja" na quinta (21).
O caso lança suspeitas sobre a secretaria da Casa Civil, núcleo da articulação política de Alckmin. A voz do ex-chefe de gabinete do secretário Edson Aparecido, Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", foi registrada em um grampo, pedindo dinheiro a integrantes do que a polícia acredita ser uma quadrilha.
Moita foi demitido da Casa Civil na segunda (18), véspera da ação da polícia.
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, criou nesta semana uma força-tarefa para investigar o caso. Além do próprio procurador-geral, o grupo será composto pelo subprocurador-geral Nilo Spínola Salgado Filho, pelo ex-corregedor da instituição Nelson Gonzaga, além de dois promotores que iniciaram, junto com a Polícia Civil, a investigação que resultou na deflagração da operação Alba Branca.
OUTRO LADO
Capez afirmou por meio de nota, repudiar "com veemência a ligação de seu nome ao escândalo Alba Branca".
Ao negar a propina, o tucano classificou a fraude na merenda como "sórdida".
A Casa Civil do governo Geraldo Alckmin afirmou que o ex-chefe de gabinete Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", foi exonerado e passou a ser investigado pela corregedoria do Estado.
As ações dele, diz o governo, não têm relação com atribuições da Casa Civil.
Os deputados Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB) também negaram terem recebido suborno da cooperativa de Bebedouro.

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