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Diante de possível derrota de Picciani, Planalto se aproxima de Hugo Motta

MARINA DIAS E DANIELA LIMA BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ciente de que Leonardo Picciani (RJ) pode perder a liderança do PMDB na Câmara, o Palácio do Planalto decidiu abrir a porta para uma eventual composição com o deputado Hugo Motta (PB). Último nome

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.01.2016, 09:50:18 Editado em 27.04.2020, 19:53:28
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MARINA DIAS E DANIELA LIMA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ciente de que Leonardo Picciani (RJ) pode perder a liderança do PMDB na Câmara, o Palácio do Planalto decidiu abrir a porta para uma eventual composição com o deputado Hugo Motta (PB).
Último nome a se apresentar na disputa marcada para fevereiro, Motta esteve com dois ministros do núcleo próximo à presidente Dilma Rousseff para dizer que adotará "posição de neutralidade" caso fique com o cargo.
Ele se reuniu com Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Edinho Silva (Comunicação Social) e espera retorno de Jaques Wagner (Casa Civil) e de Giles Azevedo (Assessor Especial).
No aceno mais explícitos nesses encontros, Motta se comprometeu a, caso eleito, não indicar para a comissão especial do impeachment apenas deputados favoráveis ao afastamento de Dilma.
"A composição obedecerá a proporcionalidade da bancada do PMDB, que é eclética, com vários posicionamentos", disse Motta à reportagem.
A candidatura do deputado é vista como resultado da articulação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), para impedir a recondução de Picciani ao cargo.
Cunha e Picciani eram aliados até o deputado decidir se alinhar ao Planalto, o que irritou o presidente da Câmara. A associação ao governo rendeu a Picciani a indicação de dois ministros no segundo mandato de Dilma.
A escolha de Motta, no entanto, foi calculada por Cunha para embaralhar a leitura do governo sobre a disputa dentro do PMDB.
Apesar de aliado do presidente da Câmara, que é inimigo declarado do Planalto, Motta honrou acordos que fez com o PT e com o governo quando foi presidente da CPI da Petrobras, por exemplo.
Foi ele o responsável por pautar e, depois, enterrar a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, à comissão.
Esse gesto deu a ele um "trunfo" nas conversas com integrantes da ala dilmista da sigla, que não podem acusá-lo de traição ou deslealdade.
O vínculo com duas alas do PMDB -a que apoia Cunha e a que apoia Dilma- será a pedra fundamental do discurso de Motta contra Picciani.
Aliados da presidente afirmam que a principal aposta do Planalto continua sendo Picciani. Num primeiro momento, auxiliares de Dilma chegaram a oferecer um ministério (Aviação Civil) para um deputado do PMDB de Minas na tentativa de dividir o partido e favorecer Picciani.
Agora, porém, o governo decidiu suspender as negociações em torno da pasta até o desfecho da eleição interna. Segundo um interlocutor de Dilma, Motta "se dispôs a conversar e mostrar que não é inimigo" e o Planalto "não vai tratá-lo" como opositor neste momento.

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