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Dono da Caoa diz não ter conta em banco para justificar R$ 2,5 mi em casa

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Investigado pela Operação Acrônimo, o presidente do grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, afirmou em depoimento que não possui contas em bancos e, por isso, mantinha R$ 2,5 milhões em dinheiro. A PF encontrou o mont

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.01.2016, 20:56:06 Editado em 27.04.2020, 19:53:32
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Investigado pela Operação Acrônimo, o presidente do grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, afirmou em depoimento que não possui contas em bancos e, por isso, mantinha R$ 2,5 milhões em dinheiro.
A PF encontrou o montante em imóveis do empresário, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, no final do ano passado. O caso foi revelado pelo "Estado de S. Paulo" nesta quarta-feira (20).
Um relatório da Polícia Federal identificou indícios de que a Caoa pagou propina a amigo do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), para obter benefícios fiscais junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, pasta comandada pelo petista de 2011 a 2014.
Advogado de Carlos Alberto de Oliveira Andrade, José Roberto Batochio afirmou que a opção do empresário por guardar o valor em espécie tem por objetivo evitar que eventuais bloqueios da contas impeça seu cliente de arcar com seus compromissos financeiros.
Batochio disse que, como as empresas de Andrade mantém diversos funcionários, havia risco de que determinações judiciais de ações trabalhistas, por exemplo, bloqueassem os recursos do empresário. E, em casos como esse, ele poderia pagar despesas como salários de funcionários de sua casa e combustível.
Ele argumentou ainda que não há qualquer ilegalidade em armazenar recursos em espécie, uma vez que o montante foi devidamente declarado no imposto de renda de Caoa.
"Os 2,5 milhões, para nós, é uma fortuna, mas não para ele. O sujeito pagar em dinheiro virou crime no Brasil?", criticou o advogado.
À época em que o relatório da Polícia Federal sobre a Operação Acrônimo tornou-se público, Batochio negou as suspeitas levantadas pelos investigadores.
Acrescentou que o amigo do governador de Minas "jamais atuou, de maneira nenhuma, em circunstância alguma para que a Caoa estivesse em programas de incentivos".
Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio afirmou que cumpre rigorosamente a legislação, não tem conhecimento de ilegalidades e que o programa de incentivo fiscal que beneficiou a Caoa é avaliado por órgãos de fiscalização do governo.
O advogado Pierpaolo Bottino, que representa Fernando Pimentel, disse, no final do ano passado, que o relatório da PF não apontou nenhuma participação do governador em irregularidades.
OUTRO LADO
A Caoa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que todos os esclarecimento e a documentação referente aos R$ 2,5 milhões encontrados na casa do empresário foram enviadas às autoridades, em outubro do ano passado.
Acrescenta, "com toda a ênfase", que o valor mencionado havia sido regularmente declarado à Receita Federal.
A Caoa diz ainda que permanece à disposição das autoridades e que considera ilícito o vazamento das informações relativas a um "assunto superado e totalmente esclarecido".

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