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Com racha no PMDB, debate sobre saída do governo vai a segundo plano

GUSTAVO URIBE E DÉBORA ÁLVARES BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A disputa pela presidência nacional do PMDB e a avaliação de que o processo de impeachment perdeu força colocaram em segundo plano a discussão interna sobre a saída do partido do governo da presi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.01.2016, 20:25:35 Editado em 27.04.2020, 19:53:36
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GUSTAVO URIBE E DÉBORA ÁLVARES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A disputa pela presidência nacional do PMDB e a avaliação de que o processo de impeachment perdeu força colocaram em segundo plano a discussão interna sobre a saída do partido do governo da presidente Dilma Rousseff.
A cúpula nacional da sigla, incluindo o vice-presidente Michel Temer, reconhece que "não há mais clima" para debater o assunto na convenção nacional da legenda, marcada para março, que deve se concentrar na discussão sobre a sucessão do comando da sigla.
Para os principais dirigentes do partido, é improvável que a legenda tome uma decisão definitiva sobre o desembarque, que deve ser tratado apenas por meio de moções públicas apresentadas por grupos favoráveis ao impeachment da petista.
A ruptura, no entanto, não foi abandonada pelo partido. A avaliação interna é que a discussão pode ser retomada, com a possibilidade inclusive da convocação de um congresso extraordinário, caso o impeachment volte a ganhar força e a crise política sofra um agravamento.
No final do ano passado, a saída do PMDB do governo federal era considerado o debate prioritário para o encontro de março. As pressões internas pelo desembarque levaram inclusive a cúpula da legenda a considerar tomar uma decisão em novembro.
A ideia, no entanto, foi abandonada pela avaliação de que seria um gesto precipitado e de que, diante da previsão de piora das crises política e econômica neste ano, o mês de março seria mais adequado para se adotar uma postura definitiva.
Para o vice-presidente, no entanto, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de anular a chapa oposicionista para a comissão do impeachment enfraqueceu o processo, que foi colocado em compasso de espera diante da disputa pela sucessão do partido.
Com o risco de perder o comando da legenda para o grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Temer mobilizou seus assessores e aliados a se concentrarem na busca de apoios para a sua reeleição.
Em outra frente, em troca de um acordo que evite uma candidatura rival, ele tem negociado abrir mais espaço na Executiva Nacional do PMDB para senadores peemedebistas e para correligionários do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, Estados com maior peso na convenção nacional.
Em conversas reservadas, o vice-presidente, que está à frente da legenda desde 2005, tem reclamado da atuação de Renan Calheiros, mas tem repetido que está acostumado a enfrentar pressões internas.
REAPROXIMAÇÃO
Sob a orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente também tem atuado para evitar uma ruptura do PMDB.
Nesta terça-feira (19), a petista deve se reunir com o vice-presidente, em um encontro costurado pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. O objetivo é tentar um armistício que diminua o apoio no partido ao processo de impeachment e garanta a permanência da sigla no governo federal.
Nos bastidores, o peemedebista reconhece que o envio de uma carta desabafo à presidente foi um "equívoco", mas ele continua a fazer críticas sobre o estilo de governo da petista e avalia que dificilmente ela mudará.

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