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Operador de Collor cobrou propina de R$ 20 milhões, afirma Baiano

MÁRCIO FALCÃO E AGUIRRE TALENTO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras, Fernando Soares, o Baiano, tentou expandir seus negócios para a BR Distribuidora, mas esbarrou na cobrança de "pedágio" de R$

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.01.2016, 08:00:08 Editado em 27.04.2020, 19:53:51
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MÁRCIO FALCÃO E AGUIRRE TALENTO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras, Fernando Soares, o Baiano, tentou expandir seus negócios para a BR Distribuidora, mas esbarrou na cobrança de "pedágio" de R$ 20 milhões, segundo disse em delação premiada.
A propina, contou Baiano aos investigadores, foi cobrada pelo ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos, considerado na Lava Jato operador do grupo do senador Fernando Collor (PTB-AL).
Em seu depoimento, Baiano afirmou que, em 2013, ficou interessado em contratos de construção de bases de distribuição de combustível em Macaé (RJ), sendo que quatro a cinco unidades estavam em análise pela BR.
Mas após iniciar as tratativas com o ex-diretor da estatal Nestor Cerveró, ele foi procurado por Pedro Paulo para que desistisse da empreitada. Baiano disse que o ex-ministro deixou claro que ele não deveria avançar com as negociações porque os projetos de distribuição seriam conduzidos por seu grupo.
Diante da ofensiva de Pedro Paulo, Baiano procurou Cerveró para destravar os negócios. O ex-diretor, diz o delator, informou a Pedro Paulo que não teria como justificar que todos contratos ficassem com seu grupo.
Pedro Paulo então liberou a atuação de Baiano desde que seu grupo tivesse participação no negócio, pedindo vantagens indevidas.
O ex-ministro apontou que a solução seria superfaturamento das obras e "esclareceu que o valor a ser superfaturado, que seria repassado ao seu grupo de investidores e também destinado ao pagamento de propina a políticos, seria de R$ 20 milhões".
Diante dos valores e de suposta dificuldade para justificar pagamento de propina, os investidores, entre eles a Jaraguá, disseram que seria inviável concretizar o negócio e, segundo Baiano, "o negócio não se concretizou".
Procurada pela reportagem, a assessoria de Pedro Paulo não se manifestou sobre as declarações de Baiano. Collor e seu ex-ministro negam participação no esquema de corrupção da Petrobras.

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