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PMDB na Câmara racha entre governo e oposição antes de escolher novo líder

GUSTAVO URIBE E DÉBORA ÁLVARES BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A definição das regras para a eleição do novo líder do PMDB na Câmara dos Deputados, em fevereiro, criou uma crise na bancada do partido, rachada entre defensores e opositores do governo da presi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.01.2016, 20:54:12 Editado em 27.04.2020, 19:53:52
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GUSTAVO URIBE E DÉBORA ÁLVARES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A definição das regras para a eleição do novo líder do PMDB na Câmara dos Deputados, em fevereiro, criou uma crise na bancada do partido, rachada entre defensores e opositores do governo da presidente Dilma Rousseff.
Na tentativa de impedir a reeleição de Leonardo Picciani (PMDB-RJ), considerado aliado do Palácio do Planalto, parlamentares favoráveis ao impeachment buscarão o apoio do presidente nacional da sigla, o vice-presidente Michel Temer, para que seja cumprido acordo que foi estabelecido no início do ano passado, quando o peemedebista carioca foi eleito.
Por essa nova regra, o atual líder só poderá ser reencaminhado ao cargo caso obtenha o apoio de dois terços da bancada do partido, ou seja, de 46 dos 69 deputados federais.
O acordo, contudo, é questionado por Picciani. Ele defende que seja mantido critério utilizado no início do ano passado, o qual garante a eleição de um líder pelo apoio da maioria, o que exigiria menos votos para sua reeleição.
Nesta quarta (6), um grupo de parlamentares do partido contrários a Picciani se reunirão para discutir o tema com o vice-presidente, que também é presidente nacional do PMDB.
Em conversas reservadas, Temer tem dito que a escolha do novo líder cabe apenas à bancada do partido e que, portanto, não pretende se envolver. Ele defende, contudo, que a sigla chegue a um consenso para evitar que a bancada peemedebista saia do processo ainda mais fragilizada.
"Para 2016, espero harmonia no país, no PMDB, nas bancadas do PMDB e em todos os locais. Acho que é isso que nós precisamos esperar", afirmou Temer, que se reuniu na sequência com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em dezembro, no entanto, o vice-presidente atuou para evitar o retorno de Picciani à liderança da bancada do partido depois dele ter sido retirado por uma lista assinada por mais da metade dos deputados federais da legenda.
Na época, a Executiva Nacional do PMDB, presidida por Temer, publicou resolução para evitar a filiação de parlamentares favoráveis ao peemedebista carioca.
Em retaliação ao vice-presidente, o Palácio do Planalto e o PMDB no Senado Federal conseguiram reverter a decisão e reconduziram Picciani ao posto oito dias depois dele ter sido substituído por Leonardo Quintão (PMDB-MG).
"O atual líder está se caracterizando pela reincidência em descumprir compromissos. Ao não não aceitar uma definição da bancada do partido, confessa que não foi um bom líder", critica Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em resposta, Picciani argumenta que a definição defendida pelos peemedebistas não faz sentido diante da tentativa de parte da bancada da sigla de retirá-lo do posto antes da eleição de fevereiro, prazo também estabelecido anteriormente. "Quem descumpriu o acordo foi quem fez um abaixo-assinado para me retirar do cargo", afirma.
Pelo regimento da Câmara, um deputado precisa da assinatura de mais da metade da bancada do partido para assumir a liderança da sigla. Em fevereiro de 2013, no entanto, o PMDB decidiu realizar uma eleição em dois turnos para escolher o líder da sigla. O vencedor foi Cunha, que, sem adversários, acabou reeleito para o posto para mais um mandato.
No ano passado, em uma eleição apertada, Picciani venceu Vieira Lima por um voto de diferença. Na época, o partido havia acordado que haveria um rodízio anual no cargo e que o próximo líder faria parte da bancada da sigla em Minas Gerais. Por esse critério, os nomes defendidos para a liderança da sigla são dos mineiros Leonardo Quintão e Newton Cardoso.
Com o feriado do Carnaval, a eleição do novo líder deve ser realizada na segunda ou na terceira semanas de fevereiro. Na tentativa de se chegar a um consenso, a bancada da sigla se reunirá na próxima terça-feira (12) para discutir os critérios de escolha.

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