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Cunha diz que Planalto tenta desviar atenção do impeachment

GUSTAVO URIBE E RANIER BRAGON BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Na primeira entrevista após a busca e apreensão em seus endereços residenciais e de trabalho, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse no início da tarde desta terça-feira (15) que n

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 15.12.2015, 15:31:40 Editado em 27.04.2020, 19:54:16
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GUSTAVO URIBE E RANIER BRAGON
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Na primeira entrevista após a busca e apreensão em seus endereços residenciais e de trabalho, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse no início da tarde desta terça-feira (15) que não há hipótese de renunciar, acusou o governo de promover a ação por "revanchismo" e na tentativa de jogar nas costas do PMDB a "roubalheira do PT".
Cunha cobrou uma decisão imediata de seu partido no sentido de romper com o Palácio do Planalto.
"O que me estranha é essa concentração no PMDB no dia da votação no Conselho de Ética e na véspera da decisão [do Supremo Tribunal Federal] sobre o impeachment. Todos sabemos que o assalto da Petrobras foi patrocinado pelo PT."
A entrevista de Cunha foi dada no Salão Verde da Câmara, logo após almoço com deputados aliados em sua residência oficial.
O presidente da Câmara também disse considerar "nula" a decisão desta terça do Conselho de Ética de dar continuidade ao seu processo de cassação. Ele disse que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal sob a alegação de cerceamento do direito de defesa. Segundo ele, os deputados do colegiado "fizeram o jogo da plateia" para encobrir o processo de impeachment contra Dilma Rousseff.
Denunciado pela Procuradoria-Geral da República sob a acusação de envolvimento no petrolão, Cunha afirmou, excluída a suposta perseguição política a ele e ao PMDB, ter considerado normal a ação policial, dentro do curso de uma investigação, incluindo a apreensão de seu telefone celular.
Mais cedo, em almoço com líderes da base aliada, o peemedebista disse que o governo federal agiu com revanchismo por conta do acolhimento do pedido de impeachment contra a presidente Dilma e ameaçou retaliar o Palácio do Planalto em votações futuras na Câmara dos Deputados.
Segundo ele, não foi coincidência o fato da operação policial ter sido realizado no mesmo dia da reunião do Conselho de Ética da Casa Legislativa que determinou o prosseguimento do processo de cassação de seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
Em nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira (15), a Polícia Federal mira, além de Cunha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) e os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Fernando Bezerra (PSB-PE).
Outros dois inquéritos que também foram alvo das ações desta terça ainda são sigilosos. Ao todo, 53 mandados de busca e apreensão foram emitidos para endereços de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Pará, Ceará e Alagoas.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, são nove os políticos com foro privilegiado alvo desta operação.
Foram emitidos mandados de busca e apreensão que atingiram inclusive imóveis de Cunha, incluindo endereços no Rio, sua residência oficial em Brasília e a diretoria-geral da Câmara, órgão responsável por fechar contratos e ordenar despesas. Três celulares de Cunha foram apreendidos. Ministros também tiveram buscas em seus endereços.
Os policiais foram autorizados a acessar dados de computadores, smartphones, celulares em geral, tablets e outros dispositivos eletrônicos e a apreender aparelhos eletrônicos, anotações, registros contábeis e comunicações realizadas entre os investigados.

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