MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Governo avalia que manobra de Cunha é ilegal e PT estuda recorrer ao STF

GUSTAVO URIBE E RANIER BRAGON BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Na tentativa de evitar a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o governo federal pediu aos líderes de partidos da base aliada que mobilizem suas bancadas na Câmar

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.12.2015, 21:39:07 Editado em 27.04.2020, 19:54:27
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

GUSTAVO URIBE E RANIER BRAGON
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Na tentativa de evitar a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o governo federal pediu aos líderes de partidos da base aliada que mobilizem suas bancadas na Câmara dos Deputados para evitar que seja eleita uma chapa de oposição para a comissão especial que analisará o pedido de afastamento da petista.
Em reunião na noite desta segunda-feira (7), o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) cobrou empenho das siglas aliadas e avaliou que foi ilegal manobra do presidente da Casa Legislativa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para adiar a eleição dos integrantes da comissão especial.
Na avaliação do Palácio do Planalto, ao ter anunciado em plenário prazo de 48 horas para a indicação dos 65 nomes para o colegiado parlamentar, o peemedebista não poderia ter feito um adiamento.
Além disso, avalia que o regimento da Câmara prevê que a comissão especial deve respeitar a proporcionalidade desde o início, não podendo ser composta apenas de 33 integrantes de alguns partidos.
Para tentar frear a manobra, a bancada do PT na Casa Legislativa discute recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal), iniciativa apoiada pelo governo federal.
O presidente da Câmara decidiu adiar para terça-feira (8) a definição dos nomes que irão compor a comissão especial. A medida foi tomada em um acordo com os partidos de oposição com o objetivo de contrapor as indicações de líderes partidários e postergar o processo de impeachment.
O regimento interno da Casa determina que a comissão especial para analisar a abertura ou arquivamento do pedido de impeachment deve ser eleita em plenário.
Os partidos de oposição pretendem indicar nomes apenas para a chapa avulsa, enquanto partidos como PMDB, PSD e PP devem compô-la com parlamentares favoráveis ao impeachment ao mesmo tempo em que participam da chapa oficial.
No PMDB, o movimento pela chapa avulsa nasceu da insatisfação de grupo dissidente com as indicações feitas pelo líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), que em um acordo com o Palácio do Planalto evitou indicar nomes favoráveis ao afastamento da petista.
Hoje, cerca de 30 dos 66 integrantes da bancada peemedebista são defensores do "Fora, Dilma". O grupo começou a articular desde a semana passada um abaixo-assinado para convocar uma eleição extraordinária ainda neste ano na tentativa de trocar o líder.
Preocupado com a movimentação, o Palácio do Planalto ofereceu à bancada mineira do PMDB, a segunda maior da legenda, o controle do Ministério da Aviação Civil, numa tentativa de conquistar mais apoio na sigla contra o impeachment e fortalecer a legitimidade de Picciani.
O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), avisou aos integrantes de seu partido que, caso sejam lançadas duas chapas, ele não participará de nenhuma das duas. "Não posso estar numa chapa e disputar votos com amigos de partidos que estarão na outra", disse.

continua após publicidade

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Governo avalia que manobra de Cunha é ilegal e PT estuda recorrer ao STF"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!