MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Propina para favorecer concorrentes seria 'bisonho', diz advogado da Caoa

GRACILIANO ROCHA BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Após o indiciamento pela Polícia Federal do empresário Carlos Alberto Oliveira Andrade, o advogado do dono da Caoa (Hyundai), José Roberto Batochio, disse que é absurda a alegação de pagamento de propina para

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.11.2015, 11:22:01 Editado em 27.04.2020, 19:54:44
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

GRACILIANO ROCHA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Após o indiciamento pela Polícia Federal do empresário Carlos Alberto Oliveira Andrade, o advogado do dono da Caoa (Hyundai), José Roberto Batochio, disse que é absurda a alegação de pagamento de propina para "comprar" Medida Provisória que beneficiou o setor automotivo.
Assim como a Caoa, a MMC Automotores do Brasil (Mitsubishi) também é suspeita de ter pago a um escritório de lobistas para supostamente pagar propinas em troca da aprovação da MP que concedeu incentivos fiscais para montadoras. A MMC teve dois executivos indiciados.
Nesta quinta (26), a PF indiciou 19 pessoas no inquérito que investigou a suspeita de "compra" das MPs, incluindo representantes da Caoa, da montadora Hyundai da MMC.
"A Caoa jamais, em tempo algum, tentou interferir em Medida Provisória. Esta isenção de IPI foi um programa do governo federal para incentivar o desenvolvimento regional. A Caoa não é a única a ter fábricas no Centro-Oeste ou no Nordeste, que eram o foco do programa", disse Batochio.
A empresa instalou uma montadora dos veículos coreanos em Goiás. Segundo o advogado, outras montadoras, como a Ford e a Fiat, também se beneficiaram dos termos da isenção do IPI e, mais tarde, da prorrogação dos benefícios fiscais em novos polos industriais.
"Muitas montadoras aderiram ao programa do governo e investiram em polos menos desenvolvidos. Seria bisonho a Caoa patrocinar uma atividade ilícita para beneficiar concorrentes", afirmou o advogado.
O indiciamento não significa culpa formada, mas, sim, que a Polícia Federal reuniu elementos contra 19 pessoas para remeter a investigação ao Ministério Público Federal, que vai decidir se apresenta ou não denúncia (acusação formal) contra os investigados.
Entre os indiciados pela PF estão o ex-presidente da MMC Paulo Arantez Ferraz e do sócio-fundador Eduardo Souza Ramos, por suposta corrupção ativa, e a ex-secretária de Comércio Exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e da Receita Federal, Lytha Spíndola, e o ex-diretor de comunicação do Senado Fernando Cesar Mesquita por suspeita de corrupção passiva.
Mesquita e Lytha Spíndola negam as alegações. A MMC não quis comentar o indiciamento.

continua após publicidade

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Propina para favorecer concorrentes seria 'bisonho', diz advogado da Caoa"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!