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Palocci vai pedir anulação das delações premiadas de doleiro e de lobista

MARIO CESAR CARVALHO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O advogado de Antonio Palocci, José Roberto Batochio, disse que vai ingressar na Justiça com um pedido de anulação dos acordos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do lobista Fernando Soares,

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 09.11.2015, 19:38:50 Editado em 27.04.2020, 19:55:12
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MARIO CESAR CARVALHO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O advogado de Antonio Palocci, José Roberto Batochio, disse que vai ingressar na Justiça com um pedido de anulação dos acordos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do lobista Fernando Soares, o Baiano.
Segundo Batochio, ambos faltaram com a verdade ao afirmar que ajudaram a providenciar uma doação ilegal de R$ 2 milhões para a campanha do PT de 2010, da qual Palocci foi um dos coordenadores.
A versão de Baiano relatada aos procuradores diz que ele foi a Brasília com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para se encontrar com Palocci para acertar a doação durante uma reunião.
Costa, no entanto, afirma que esse encontro jamais ocorreu. De acordo com o executivo, ele e Palocci só se encontraram em reuniões do conselho da Petrobras, do qual ambos faziam parte. Costa foi diretor de Abastecimento da estatal de 2004 a 2012.
Os acordos de delação preveem a anulação ou redução de benefícios do delator em caso de mentira.
"Eles não podem enganar a Justiça", diz Batochio. "Temos elementos concretos que indicam a invencionice dessa história da doação dos R$ 2 milhões", afirma.
Entre outros elementos que podem caracterizar que foi "uma delação à la carte", como diz Batochio, ele cita os fatos de que Baiano não lembra da casa em que teria se reunido com Palocci nem o hotel que se hospedou em Brasília. Há ainda a negativa de Costa de que a reunião tenha ocorrido.
Costa diz que jamais viajou com Baiano para Brasília nem para qualquer outra cidade.
Outro indício de "invencionice", diz Batochio, foi o anúncio feito por Youssef na CPI da Petrobras de que outro delator iria esclarecer a doação dos R$ 2 milhões ao PT.
Segundo o depoimento de Baiano aos procuradores, Costa teria ido até Brasília com ele porque precisava do apoio do PT para continuar na diretoria de Abastecimento em 2010, quando o então presidente, Lula (PT), deixaria o cargo, e havia a perspectiva de Dilma Rousseff (PT) assumir a presidência, como acabou ocorrendo. Tanto Dilma quanto Graça Foster, presidente da Petrobras à época, tinham restrições ao trabalho de Costa por causa da má reputação dele na companhia.
Até o início da noite desta segunda (9), a reportagem não conseguiu ouvir os advogados de Youssef e de Baiano.
O advogado do doleiro, Antonio Augusto Figueiredo Basto, já disse à reportagem que o seu cliente fez a delação mais robusta da Lava Jato e entregou as melhores provas até agora.

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