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Líder do governo no Senado volta a negar ter recebido propina

MARIANA HAUBERT BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), voltou a negar nesta terça-feira (20) o seu envolvimento no recebimento de propinas para a construção da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e pa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.10.2015, 16:58:14 Editado em 27.04.2020, 19:55:40
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MARIANA HAUBERT
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), voltou a negar nesta terça-feira (20) o seu envolvimento no recebimento de propinas para a construção da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e para o contrato de afretamento de um navio-sonda da Petrobras. O petista classificou a citação do seu nome na delação premiada feita pelo lobista Fernando Soares, o Baiano, como "lamentável".
"Evidentemente que é um fato lamentável, vindo de uma pessoa que eu conheci na década de 1990 através de um empresário espanhol chamado Gregório Marin Preciado. O momento em que ele faz a delação era sobre o momento em que eu era presidente da CPI dos Correios. Portanto, não tinha nenhuma aproximação com o governo, até porque naquela época eu era persona non grata do governo pelo meu comportamento. A delação é sempre por 'ouvi dizer' de terceiros. Nunca é falado diretamente como ele sendo o responsável pela afirmação. É sempre um terceiro", justificou Delcídio.
Na última sexta-feira (16), foi revelado que Baiano relatou à Procuradoria-Geral da República, em 10 de setembro, ter realizado pagamentos de propina ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a Delcídio no contrato de afretamento do navio-sonda Petrobras 10.000.
De acordo com um investigador ouvido pela Folha de S.Paulo, o petista e o peemedebista teriam dividido entre US$ 5 e 6 milhões com Jader Barbalho (PMDB-PA) e o então ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau -afilhado do PMDB do Senado no cargo.
Os pagamentos teriam sido feitos, segundo ele, entre 2006 e 2008. O operador dos pagamentos, segundo Baiano, foi o paraense Jorge Luz, uma espécie de decano dos lobistas que atuavam na Petrobras.
Para Delcídio, a citação de seu nome na delação é "uma coisa curiosa" e que "não tem lógica" porque ele estaria negociando com o PMDB, um partido de um concorrente seu nas eleições no Mato Grosso do Sul.
"Com relação às sondas, primeiro uma coisa curiosa. Eu, discutindo com o governo, priorizando candidatura do PT, contra candidato no Mato Grosso do Sul do PMDB. Quer dizer, o PMDB fazendo a combinação comigo para eu enfrentar um candidato deles. Uma coisa sem nenhuma consequência, sem nenhuma lógica", disse.
Também na sexta, o "Jornal Nacional", da TV Globo, informou que o senador Delcídio recebeu US$ 1,5 milhão de dólares de propina pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O negócio foi feito pela Petrobras em 2006 e rendeu um prejuízo de US$ 790 milhões aos cofres da estatal.
A informação baseia-se em outro depoimento dado aos procuradores. Conforme a TV Globo, citando o delator, o suposto pagamento a Delcídio ocorreu devido à influência dele na indicação de Nestor Cerveró para a diretoria internacional da Petrobras.
"A mídia teve acesso aos autos e, nos autos, a mídia cita especificamente como os benefícios foram divididos. E esses benefícios estão muito bem definidos quem recebeu e meu nome não está na lista, não. Agora, onde que está escrito isso, só o tempo vai dizer", afirmou o petista.
Questionado sobre se a citação do seu nome torna desconfortável a sua permanência como líder do governo, Delcídio afirmou que o o cargo é da presidente da República, Dilma Rousseff. "A liderança do governo para mim é um cargo da Dilma. Ela faz o que for mais conveniente para ela. Eu nunca tive nenhuma dificuldade em relação a isso", disse.

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