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Governo de São Paulo e MST chegam a consenso sobre dois assentamentos

ALEXANDRE ARAGÃO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em reunião que durou cerca de duas horas nesta segunda-feira (28), o governo paulista e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) chegaram a um consenso em relação a dois assentamentos no Pontal do

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.09.2015, 19:45:59 Editado em 27.04.2020, 19:56:14
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ALEXANDRE ARAGÃO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em reunião que durou cerca de duas horas nesta segunda-feira (28), o governo paulista e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) chegaram a um consenso em relação a dois assentamentos no Pontal do Paranapanema, região oeste do Estado, na qual o movimento possui demandas históricas.
Participaram do encontro cinco secretários do governo, entre eles o da Casa Civil, Edson Aparecido. O tucano afirmou que cerca de 150 famílias poderão ocupar em breve as fazendas Santa Rosa e Nazaré, próximas a Presidente Prudente. Ele disse, ainda, que um acordo para uma terceira fazenda, na região de Ribeirão Preto está próximo -a definição depende de posicionamento da Justiça. "O movimento tem respeitado as regras definidas pelo governo", argumentou Aparecido.
Desde o ano passado, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) tem se aproximado do MST. O próprio governador promoveu encontro com o movimento, que contou com a presença de todos os secretários do governo. Na saída da reunião, o dirigente Gilmar Mauro, do MST, afirmou que as duas áreas no Pontal do Paranapanema deverão ser cedidas às famílias para projetos de desenvolvimento sustentável.
Mauro elogiou ainda a postura do governo paulista na negociação, e afirmou esperar que até o início de 2016 cerca de 500 famílias sejam assentadas no Estado. Questionado sobre o alinhamento histórico com o PT, rival do PSDB, o dirigente disse: "Nós sempre estivemos abertos ao diálogo [...], eu não acredito nesse Fla-Flu [político]". Mauro afirmou que haverá mais reuniões com o governo para definir detalhes sobre os assentamentos.
Os movimentos sociais têm demonstrando insatisfação com a política econômica do governo federal. A gestão petista, historicamente ligada ao MST e a outros movimentos sociais, é acusada por eles de aplicar medidas econômicas que os prejudicam. Na semana passada, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) promoveu invasões em prédios do Ministério da Fazenda, inclusive em Brasília.
"Diálogo não é só conversa, é conversa e ação", criticou Mauro. "Esta não é a política econômica que ganhou a eleição." O dirigente também afirmou que o MST não foi consultado sobre um possível fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário, um dos cotados ao corte na reforma ministerial que deve ser anunciada oficialmente nesta semana. Ele disse não acreditar que a pasta será encerrada.
Na reunião, o MST entregou à gestão paulista um projeto de educação rural que deseja aplicar em seus assentamentos no Estado. Segundo Mauro, o tema será discutido em um encontro específico, no futuro, com a Secretaria da Educação.

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