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Marina diz que Rede não fará "assédio" para ter quantidade

MARIANA HAUBERT BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Fundadora da Rede Sustentabilidade, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva afirmou nesta segunda-feira (28) que a legenda não fará "assédio" para buscar grande número de filiados. Segundo ela, a sigla buscará

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.09.2015, 19:22:58 Editado em 27.04.2020, 19:56:14
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MARIANA HAUBERT
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Fundadora da Rede Sustentabilidade, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva afirmou nesta segunda-feira (28) que a legenda não fará "assédio" para buscar grande número de filiados. Segundo ela, a sigla buscará "qualidade ao invés de quantidade". Marina também criticou a condução da política econômica do governo Dilma e disse que a petista hoje tem que lidar com uma minoria no Congresso.
"Não vamos nos ater a números. Não vamos ser engolidos pela tentação de ter uma bancada com um número X ou Y por causa de tempo de TV, por causa de fundo partidário ou porque estamos pensando nas próximas ou futuras eleições. Queremos de fato um processo de construção que guarde coerência com aquilo que estamos nos propondo", disse. "Nossa relação com as pessoas não é de fazer assédio".
Marina refutou ainda a ideia de que a Rede é baseada em sua imagem e afirmou que o legenda será baseada em uma estrutura horizontalizada.
"Nós não fizemos a coleta de assinaturas para a criação do partido durante a campanha eleitoral. Se tivéssemos feito isso, tudo estaria centrado na figura da Marina. Seria utilizando os eleitores para criar um partido. Isso foi uma escolha. Então, já tem algo diferente. Obviamente, existirão aqueles que vão sempre querer dizer que é mais do mesmo mas queremos que seja diferente. Eu não sou a porta-voz da Rede", disse.
A ex-ministra se reuniu nesta segunda (28) com o senador Randolfe Rodrigues (AP) para o ato de sua filiação à nova sigla. Randolfe deixou o Psol neste domingo (27) após dez anos no partido. Após a reunião, Marina criticou a atual crise política e econômica que o país enfrenta e atribuiu a situação atual a uma "insustentabilidade" e um "atraso político" do governo.
"Nós perdemos a estabilidade política pelo atraso na política. Estamos perdendo as conquistas sociais pelo atraso na política e hoje temos uma grande decepção da sociedade com a política", disse. "Esse é o momento de ter humildade para dizer onde é que estão sendo cometidos tantos erros para que aquela ferramenta que é tão importante para debater e discutir caiu em descrédito quase que completo com a sociedade brasileira", completou.
Questionada sobre acreditar em um eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, Marina disse apenas que qualquer coisa neste sentido depende da investigação e decisão das instituições responsáveis. "Sem que se tenha isso, não se muda presidente da República porque a gente discorda do presidente. Porque se não, criamos um precedente que pode nos levar a oportunismos de ocasião", disse.
Marina, no entanto, aproveitou a resposta para alfinetar Dilma. "Quando eu fui candidata, eu ouvi no programa da atual presidente, de que eu seria cassada porque não teria maioria no Congresso. Corria o risco de ser cassada porque não teria maioria. Eu não acho que isso seja razão de cassação por não ter maioria no Congresso porque as maiorias são eventuais. Imagino que naquela ocasião, quando a presidente falou isso, ela deveria estar no conforto da maioria. Hoje que ela está no desconforto da minoria com certeza já deve ter mudado de opinião. Então não posso ter dois pesos e duas medidas", afirmou.
A ex-ministra reafirmou que o partido será independente em relação ao governo e surge para contribuir com uma renovação da política brasileira. "Vamos tratar as coisas no mérito. Um dos males e mazelas da política são os alinhamentos a priori. Alinhamentos que você, independente de avaliar se é justo, se é competente, se é correto já descarta porque veio de A ou de B. A Rede vai agir com independência", disse.
Marina afirmou ainda que ninguém sabe quais são os rumos do país, nem o governo e nem a oposição e defendeu que o debate no país deveria avançar para além do ajuste fiscal promovido pelo Planalto para equilibrar as contas da União. "Não se pode instrumentalizar a crise em função de ganhar popularidade ou recuperar popularidade. Esse é o momento de valorizar não apenas a agenda do ajuste fiscal mas do ajuste Brasil", disse.

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