MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Quase um terço da bancada do PMDB votou contra o Planalto

DÉBORA ALVARES E NATUZA NERY BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Nem a ampliação do espaço do PMDB no governo, com a oferta de ministérios, foi capaz de garantir à presidente Dilma Rousseff apoio integral do maior partido da base aliada na votação dos vetos que,

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.09.2015, 21:58:11 Editado em 27.04.2020, 19:56:22
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

DÉBORA ALVARES E NATUZA NERY
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Nem a ampliação do espaço do PMDB no governo, com a oferta de ministérios, foi capaz de garantir à presidente Dilma Rousseff apoio integral do maior partido da base aliada na votação dos vetos que, se tivessem sido derrubados, poderiam gerar um impacto de R$ 128 bilhões até 2019.
Na análise de um dos mais polêmicos na sessão do Congresso na noite de terça (22), a alternativa ao fator previdenciário -mecanismo que desestimula aposentadorias precoces-, 30% dos 49 deputados peemedebistas presentes se posicionaram pela derrubada do veto.
A sessão conjunta deveria analisar 32 vetos. Ao fim, 26 foram analisados e mantidos. Para que as decisões de Dilma fossem revogadas, eram necessários votos de ao menos 257 dos 513 deputados e de 41 dos 81 senadores.
O placar final do PMDB mostrou 34 votos pela manutenção do veto, 15 contrários e 3 abstenções -Osmar Serraglio (PR), Pedro Chaves (GO), e Leonardo Quintão (MG).
Da bancada de 67 deputados, 17 faltaram. As ausências, nesse caso, foram positivas para o governo, por reduzir risco de mais traições.
As negociações do governo com o PMDB repercutiram durante a votação. "Se o PMDB conseguiu os ministérios da Saúde e Infraestrutura, vamos adiar essa votação por mais 30 dias que eles conseguem o Palácio do Planalto", ironizou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE).
Enquanto líderes governistas tentavam segurar o quórum para não encerrar a sessão, a oposição, sem condições de derrubar os vetos polêmicos, entrou em obstrução.
Isso inviabilizou a sessão, que acabou sem a apreciação de duas das medidas mais polêmicas: o reajuste dos servidores do Judiciário e a valorização dos benefícios para aposentados e pensionistas.
Era necessário manter um número mínimo de 257 deputados e 41 senadores no plenário. A sessão foi encerrada às 2h19 da madrugada de quarta (23).
No PT, partido da presidente Dilma, 11 deputados não compareceram à votação.
Apesar da crise interna no partido, mais de 90% dos petistas presentes à sessão votaram com o governo. Foram três abstenções: dos deputados Zé Carlos (MA), Professora Marcivânia (AP) e Luizianne Lins (CE). E um voto contrário: do deputado Weliton Prado (MG).
Segundo sua assessoria, o petista tem um compromisso registrado em cartório de votar contra a retirada de direitos dos servidores, trabalhadores e aposentados.
Dos partidos da base, o PC do B foi o mais fiel, com 100% dos 13 deputados favoráveis à manutenção do veto de Dilma. Já o PP, o mais infiel: 14 votos contra, 7 a favor.
No PTB, a média de votos foi de 12 pela manutenção dos vetos, 7 pela derrubada. No PSD, foram 15 votos favoráveis, 9 contrários à manutenção do veto. No PR, foram 18 votos sim, 5 votos não. O Pros marcou 7 votos a favor do veto e 1 contrário.
Uma nova sessão do Congresso precisa ser marcada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que os parlamentares finalizem a votação dos vetos. Ainda não há previsão. "No que depender de mim, será o mais rápido possível", afirmou Renan.
Além do veto do fator previdenciário, os parlamentares mantiveram também o que isenta a cobrança de PIS e Cofins para óleo diesel.
Parlamentares da base aliada comemoraram o resultado como sendo, principalmente, uma demonstração de uma maior capacidade de mobilização do governo.

continua após publicidade

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Quase um terço da bancada do PMDB votou contra o Planalto"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!